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Recargas que viram árvores

Quem substitui o carro tradicional, a combustão, pelo modelo elétrico, movido à base de energia, pode fazer muito mais do que somente reduzir a emissão de gases tóxicos e poluentes no meio ambiente. Também é possível devolver à natureza todo o impacto causado pela produção da energia elétrica que foi necessária para abastecê-lo. Essa compensação está sendo feita em Santa Catarina com o plantio de espécies nativas de árvores na área urbana.

Funciona assim: a cada mês, o montante total da energia usada para carregar os carros elétricos em uma rede de eletropostos do Estado é revertido em mudas de árvores que irão compensar os impactos que esse consumo causou. As árvores têm a capacidade de absorver e armazenar o gás carbônico da atmosfera, neutralizando os poluentes emitidos pela mão humana e tentando equilibrar os impactos oriundos disso.

Em Florianópolis, o primeiro desses plantios será feito amanhã, 9 de novembro, quando 150 árvores de espécies nativas da região serão plantadas no Jardim Botânico, numa parceria com a prefeitura. O plantio será feito por colaboradores do Grupo Dimas e da Carbon Free.

A opção por espécies nativas, como o pau- brasil, não é por acaso: são justamente elas que ajudam a promover a recuperação do ecossistema de cada região. A ideia é compensar todo o consumo de energia que foi utilizado nos eletropostos da cidade desde janeiro, quando o levantamento de dados começou a ser feito.

A iniciativa de fazer essa compensação vem da startup catarinense que está por trás da instalação e manutenção da rede de eletropostos no Estado, a WeCharge. Para o gerente da empresa, Matheus Dressler Maia, o caráter sustentável dos carros elétricos não deve se restringir apenas à sua ausência de poluentes, mas também a tudo que está relacionado ao seu uso e também gera impactos ao ambiente.

Ainda que os veículos elétricos não dependam da gasolina e do diesel para circular, eles provocam outro tipo de impacto ambiental, menos intenso, mas nem sempre lembrado: a produção da energia elétrica necessária para o seu abastecimento, que também emite gases tóxicos na atmosfera. E é essa parte do ciclo de sustentabilidade que a WeCharge está tentando neutralizar.

“O impacto nunca é zero. Neste caso, ele vem da energia que foi disponibilizada para abastecê-lo e fazê-lo circular. Assim, quando compensamos a emissão de gases proveniente desta queima, conseguimos gerar benefícios ambientais na mesma proporção dos impactos causados”, explica o biólogo Luiz Henrique Terhorst, também é CEO da startup Carbon Free, que faz os cálculos de compensação ambiental para a WeCharge.

Um carro elétrico, ano 2020, que percorre 10 mil quilômetros, por exemplo, precisa de uma recarga de energia que irá emitir cerca de 200 quilos de gás carbônico no ambiente. O plantio de uma única árvore nativa já poderá compensar esse dano.

Só por curiosidade, se a mesma distância for percorrida por um carro a gasolina, a emissão de gás carbônico na atmosfera será de 1,5 toneladas, sete vezes e meia a mais do que um carro elétrico. Neste caso, seriam necessárias sete árvores para compensar o impacto que essa viagem causou.

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