A divulgação da pesquisa da NSC, mostrada no jornal estadual da emissora na terça-feira a noite, só confirmou que Santa Catarina está dando preferência para os candidatos de direita que estão, ou estiveram, com o presidente Bolsonaro.
Coincidentemente, Carlos Moisés (Republicanos), Jorginho Mello (PL) e Esperidião Amin (PP), que estão nas três primeiras posições da pesquisa, pertencem a partidos da coligação de Jair Bolsonaro.
Na pré-campanha, o candidato Décio Lima (PT) tentou emplacar a máxima que o catarinense não era de direita, mas segundo a pesquisa, o primeiro candidato de esquerda, que é o próprio Décio, aparece na quinta colocação com 6% das intenções de votos.
Somados, os candidatos que dizem ser de direita e colam suas imagens em Bolsonaro somam, de acordo com essa pesquisa, 62%. Já os candidatos da esquerda, somados, acumularam 9% das intenções de voto, menos até que os brancos/nulos e os que não sabem/não responderam, que são 17%.
Mesmo sobre a análise do quesito rejeição, os direitistas Moisés e Amin aparecem em primeiro e segundo com 27% e 17% respectivamente, mas o petista Décio Lima vem em terceiro com 15%, mostrando que, mesmo preterindo o governador e o senador, o catarinense dá preferência para outro candidato de direita.
Na escolha do candidato ao senado, o cenário não é diferente, mas traz uma particularidade. Raimundo Colombo (PSD) aparece em primeiro, com 26%, e em segundo aparece Dário Berger (PSB) com 9%, seguido de Celso Maldaner (MDB) com 7% e Kennedy Nunes (PTB) com 6%.
Mas Berger sempre trafegou em partidos de direita e foi para o PSB para tentar ser candidato a governador, o que não seria possível dentro do MDB, seu antigo partido. Como também não conseguiu ser o cabeça de chapa justamente porque é visto como um direitista pelos militantes da esquerda, foi concorrer novamente ao senado.
Obviamente que essa pesquisa mostra o momento atual da intenção de voto do eleitor de Santa Catarina, mas no dia 26 começam os programas eleitorais no rádio e na TV e em setembro o estado recebe a visita de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e é a partir daí que a esquerda pretende melhorar o desempenho nessa eleição.
