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Segunda-feira saem os primeiros nomes do secretariado de Jorginho Mello

O governador eleito Jorginho Mello (PL) vai anunciar os primeiros nomes do seu secretariado na próxima segunda-feira, 5, às 9 horas, no auditório da sede da Defesa Civil de Santa Catarina, em Florianópolis. Ele aproveitou a visita do Ministro do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira, para matar dois compromissos de uma vez só.

É quase certo que a deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania) assuma a Secretaria de Saúde do Estado. Já para a Educação, Jorginho Mello deve anunciar o professor Aristides Cimadon, presidente da Acafe.

Na secretaria de Administração, Jorginho Mello tem tudo para indicar o coordenador da transição, Moisés Diersmann, ex-prefeito de Luzerna, mas o nome dele também é cotado para a Casa Civil.

A Associação das cooperativas de Santa Catarina deve indicar o nome do ex-deputado federal Valdir Colatto (PL) para a Secretaria de Agricultura. Colatto ficou como suplente de deputado federal nas eleições de 2022.

O nome de Silvinei Vasques, Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal, foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para a secretaria de Segurança Pública, mas ele está sendo alvo do ministro Alexandre de Moraes, do STF, por conta dos bloqueios nas estradas.

Fontes da Alesc disseram que Jorginho sondou Antônio Gavazzoni para a Secretaria da Fazenda, mas ele não estaria interessado em voltar a atuar na administração pública estadual. Ele já foi o titular da pasta nos governos de Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e Raimundo Colombo (PSD).

A dúvida é se o governador eleito colocará seu filho, Filipe Mello, em algum cargo no primeiro escalão. Ele fez consultas jurídicas para ver se há algum impedimento legal para isso, mas recebeu a resposta que não há nepotismo para os cargos de secretário estadual.

A vice-governadora Marilisa Boehm (PL) não deve ficar como uma figura decorativa do governo. Há rumores que ela assuma uma secretaria na área social, mas o deputado Sérgio Motta (Republicanos) também já demonstrou querer indicar, em troca de apoio na Alesc, alguém para a secretaria de Desenvolvimento Social.

O nome de Cintia Loureiro, esposa de Gean Loureiro (UB), também já surgiu como opção em alguma pasta do novo governo. Jorginho é próximo de Gean, pois Filipe Mello, filho de Jorginho, foi secretário de Gean na prefeitura de Florianópolis.

Para a Santur o deputado estadual Ivan Naatz (PL) esteve no litoral norte para sondar o secretário de Turismo de Itajaí, Evandro Neiva. Neiva se colocou a disposição de Jorginho Mello, mas nada ficou acordado.

AS INDEFINIÇÕES

Jorginho já acenou que quer ter o MDB do seu lado muito por conta dos seis deputados estaduais que o partido tem na Assembleia Legislativa. Mas os emedebistas estão incomodados com o deputado Ivan Naatz (PL) por ele preferir ter José Milton Scheffer (PP) para a presidência da mesa diretora em detrimento do deputado Mauro de Nadal (MDB).

Com isso, Jorginho pode colocar alguém do MDB nas secretarias de Desenvolvimento Econômico e na Infraestrutura. Os nomes mais comentados foram os de Carlos Chiodini, Antídio Lunelli, e Volnei Weber, todos da região de Joinville e pertencentes ao novo grupo que comandará o MDB até maio de 2023. Mas Moacir Sopelsa, presidente da Alesc, também foi lembrado por ser grande amigo do governador eleito.

Já para a futura Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços, que hoje é a Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável, o nome será indicado pela Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina).

Jorginho já afirmou que vai criar a Secretaria de Ciência e Tecnologia, hoje vinculada na Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável, e o chefe dessa pasta será uma indicação da Acate (Associação Catarinense de Tecnologia).

Vamos ver quantas dessas apostas se tornarão realidade e quantas não passarão de pura especulação. O fato é que Jorginho Mello está tendo dificuldade para fechar com os nomes até por conta do salário pago pelo governo.

Hoje o governador ganha R$ 15 mil sem os descontos e um secretário estadual tem um vencimento de R$ 10 mil bruto. Na Alesc, já há uma movimentação para aumentar esses valores, mas tá difícil encontrar um deputado estadual da base para assumir essa proposta.

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