Estava tudo certo para que na quarta-feira, 28, os vereadores de Florianópolis votassem o relatório final da comissão de ética sobre a cassação de Maikon Costa (PL).
Para a cassação, eram necessários, pelo menos, 16 votos favoráveis, mas tudo indica que não ia haver voto suficiente e o grupo ligado a administração de Topázio Neto (PSD) preferiu não entrar no plenário e abortou o processo.
Isso fez com que a sessão não tivesse quórum e o presidente da Casa, vereador João Cobalchini (UB), foi obrigado a remarcar uma nova data para a análise do relatório de Diácono Ricardo (PSD) que indica a cassação de Maikon.
Mesmo sendo legal, o fato central do pedido de cassação é, no mínimo, descabido, haja vista que a Câmara de Vereadores de Florianópolis nunca cassou um vereador sequer, nem mesmo aqueles que estavam envolvidos na Operação Moeda Verde e Ave de Rapina.
Então seria justa cassar alguém porque é considerado chato, que fala mais do que devia, porque incomoda o governo, por que tem desavença com outra vereadora?
Uma cassação é uma coisa séria demais e se isso realmente acontecer com Maikon Costa, os atuais vereadores de Florianópolis vão abrir um precedente perigoso para as próximas legislaturas.
Mas toda essa negociação para arrumar os 16 votos necessários para a cassação já vinha desde a semana passada e se intensificou no sábado e domingo.
E nessa segunda-feira todos saberemos se realmente o que já vinha sendo dado como certo vai acontecer ou se algum fato novo surge e Maikon Costa ganha mais um fôlego para manter o mandato.
Desde o início de 2024 a política na Capital deu sinais de esquentar e talvez o primeiro embate entre situação e oposição seja realmente a cassação de Maikon Costa.
