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Termina hoje a onda do 17 que evidenciou Jair Bolsonaro e Carlos Moisés da Silva

Carlos Moisés da Silva e Jair Bolsonaro iniciaram juntos uma caminhada política que te e início lá em 2018. Depois da posse, em janeiro de 2019, eles se afastaram e cada um trilhou o seu caminho até hoje, o último dia de mandato de ambos a frente dos governos.

Mesmo separados, tiveram pensamentos muito parecidos, pois ambos investiram muito na recuperação econômica, na melhora da prestação dos serviços públicos e na eficiência do estado.

Em 2020 veio a pandemia e os problemas políticos para ambos começaram. Moisés se enrolou com a compra de 200 respiradores por R$ 33 milhões, mas que acabaram não sendo entregues pela empresa Veigamed.

Já Bolsonaro tinha colocado o médico Luiz Eduardo Mandetta (UB) como ministro da Saúde, mas ambos não se entendiam sobre as decisões do governo e o presidente acabou com um desgaste considerável por conta das vacinas

Carlos Moisés passou por dois processos de impeachment, quase sucumbiu a uma movimentação política da vice-governadora Daniela Reinehr, hoje no PL, mas aprendeu na marra que não se deve deixar os deputados estaduais a ver navios.

Bolsonaro também se obrigou a negociar com o Centrão para manter a governabilidade e a partir daí tanto o presidente da República quanto o governador de Santa Catarina tocaram suas administrações sem muitos percalços.

A onda Bolsonaro elegeu muita gente Brasil afora, mas o presidente apostou no próprio taco e acabou deixando a justiça declarar Lula inocente para que ele disputasse as eleições de 2022.

Esse erro acabou lhe custando a reeleição e agora ele, no seu penúltimo dia como presidente da República, viaja para os Estados Unidos para se afastar da festa do PT que assume o comando do Brasil numa situação muito melhor do que deixou, em 2016.

Já Moisés apostou na fantasia de presidente ucraniano para chamar a atenção do eleitor catarinense, criou o Plano 1000 para atrair os prefeitos de todo o estado, mas cometeu o erro de achar que sozinho, sem Bolsonaro, se reelegeria.

A mesma onda que elegeu Moisés em 2018 reapareceu com o número 22 e acabou elegendo um novo governador, um senador desconhecido e muitos deputados estaduais e federais que apostaram na imagem do presidente da República e se deram muito bem em 2022.

Obviamente que nem Bolsonaro e nem Carlos Moisés sairão de cena e vão trabalhar para, daqui há quatro anos, voltarem mais maduros e fortalecidos muito provavelmente numa nova disputa eleitoral que pode consolidar o que fizeram nos últimos quatro anos.

Eles estragam seus governos saneados, com bons índices econômicos, com dinheiro em caixa, mas com uma grande incógnita política, pois teremos que esperar para ver que papel assumirão agora fazendo parte da oposição.

O que nos resta agora é torcer para que governos de Jorginho Mello e Luiz Inácio Lula da Silva cumpram o que prometeram na campanha e tomem decisões que melhorem a vida do catarinense e do brasileiro.

Que venha 2023!

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