O TikTok anunciou nesta quinta-feira, 8, o lançamento oficial de sua função de vendas no Brasil. A expansão do TikTok Shop teve início em 2021 e já passou por mercados como o Sudeste Asiático, Reino Unido, Estados Unidos e México.
No Brasil, a estreia acontece com foco em vídeos compráveis, transmissões ao vivo e vitrines de marcas. Em breve, a empresa informou que deve incluir uma aba exclusiva de compras dentro do aplicativo.
Segundo estimativas do Santander, se repetir o desempenho observado em países asiáticos, o TikTok Shop pode capturar entre 5% e 9% do e-commerce brasileiro em três anos — o que representaria de R$ 25 a R$ 39 bilhões até 2028.
Para o lançamento, a plataforma informou que já conta com marcas como L’Oréal, Natura, O Boticário, Riachuelo, C&A e Stanley. As categorias iniciais incluem beleza, moda, casa e decoração, saúde, eletrônicos e itens esportivos.
Um dos principais diferenciais é o programa de afiliados. Nele, criadores de conteúdo podem acessar um catálogo de produtos e produzir vídeos de forma voluntária — mesmo sem vínculo com as marcas. Caso a publicação gere vendas, o criador recebe uma comissão.
A plataforma também será aberta a pequenos e médios empreendedores, que poderão comercializar seus produtos diretamente a partir da interação com a comunidade. Segundo a empresa, mais de mil vendedores já haviam se cadastrado antes do lançamento oficial.
Fabiana Manfredi, CEO da Impulso, analisa que o TikTok Shop cria oportunidades de fortalecimento do mercado de retail media no Brasil ao conectar diretamente marcas e consumidores.
“Seu foco em um público jovem e engajado exige que plataformas tradicionais se adaptem para não perderem relevância. O grande ponto de interrogação é o impacto na conversão efetiva. Embora a jornada de compra seja integrada, sua efetividade ainda precisa ser testada no Brasil”, diz Manfredi. (propmark)