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Tubarão é novamente alvo de operação da Justiça por suposta fraude em concurso

A vida não tá nada fácil para os políticos da cidade de Tubarão. Primeiro foi a prisão do prefeito Joares Ponticeli (PP) e do vice, Caio Tokarski (UB), por conta da Operação Mensageiro que investiga o pagamento de propina pela empresa Serrana Engenharia para agentes públicos de 20 cidades de Santa Catarina onde atua na coleta e armazenamento do lixo.

Nessa terça-feira a Polícia Civil de Santa Catarina, através da 2ª Delegacia de Combate a Corrupção, deflagrou a Operação Reprobi que vai investigar uma fraude num concurso público de 2018.

Foram cumpridos mandatos de busca e apreensão em Tubarão e também na cidade de Sangão na sede da instituição responsável pelo concurso e também na casa de um ex-prefeito, só que a polícia não informou de qual cidade era esse ex-prefeito.

O objetivo da busca foi colher elementos que possam comprovar que realmente ocorreu a fraude e dar provas para que o judiciário possa punir os responsáveis.

Essa Operação Reprobi surgiu no decorrer das investigações da Operação Vale do Silício, de 2019, que apurou que houve fraude em 33 licitações e em quase 200 compras, com dispensa de licitação, de produtos e serviços de informática ao longo de 9 anos também em Sangão, no sul do estado.

Nessa operação foi constatado o pagamento de propina a agentes públicos em forma de valores e bens, fornecimentos simulados, entregas de itens com especificação inferior, dentre outras práticas que geraram prejuízo estimado em mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos municipais.

Foram indiciados empresários, prefeitos, vereadores, secretários municipais e servidores de carreira e comissionados por crimes da Lei de Organizações Criminosas, delitos licitatórios diversos, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de dinheiro.

OPERAÇÃO MENSAGEIRO

Mas as investigações não vão parar por aí, pois a Polícia Federal deve bater a porta de outros prefeitos de Santa Catarina por conta da Operação Mensageiro.

O delator, ligado ao Grupo Serrana, deve assinar um termo de cooperação com a justiça para diminuição da pena e revelar mais informações desse esquema que vem ocorrendo há quase dez anos em cidades do estado onde a empresa tinha contrato para o recolhimento e armazenamento do lixo.

Especula-se que, além dos contratos do lixo, há também irregularidades em contratos de saneamento básico e fornecimento de energia elétrica. Esse esquema de favorecimento e pagamento de propina a agentes públicos é considerado o maior já descoberto no estado.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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