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Uma pesquisa com números mais fiéis

O assunto mais comentado na política catarinense foi o resultado da pesquisa Ipec divulgada pela NSC na noite de terça-feira, 20. Uns vibraram, outros se preocuparam e a maioria viu que está na disputa só para cumprir tabela.

Carlos Moisés (Republicanos) e Jorginho Mello (PL) aparecem com 20%, Esperidião Amin (PP) está com 15%, Gean Loureiro vem logo atrás com 14%, Décio Lima (PT) está com 10%, Odair Tramontin (Novo) tem 2% e Jorge Boeira (PDT), Alex Alano (PSTU), Ralf Zimmer (Pros) e Leandro Borges (PCO) estão com 1%. Brancos e nulos são 6% e o número de indecisos é de 10%.

Um fato a se destacar é que outras pesquisas que surgiram durante o mês de setembro não devem ter usado o método mais correto para medir a intenção de voto do eleitor de Santa Catarina, pois vieram com resultados que todos sabiam que não eram realmente reais.

Mas sobre os números apresentados, nesse momento Moisés não está garantido no segundo turno e Jorginho Mello é o que tem a posição mais confortável, pois está crescendo e tem conseguido ficar com a maior parte do voto bolsonarista.

Com isso, Esperidião Amin estabilizou e Gean Loureiro deu uma subida, mas para os dois conseguirem chegar no segundo turno, vai ter que surgir um fato novo contra Moisés e Jorginho ou em favor de Amin e Gean para conseguirem desbancar os primeiros colocados na pesquisa.

Como a margem de erro dessa pesquisa é de três pontos para mais ou para menos, a coisa entre os quatro primeiros colocados fica embolada, mas de certeza mesmo é que teremos segundo turno aqui no estado.

Tirando Décio Lima, os demais perdem até para o voto branco/nulo, tendo um desempenho muito abaixo do esperado, principalmente Odair Tramontin e Jorge Boeira, de quem se esperava uma pontuação um pouco maior.

De hoje até o dia 2 de outubro teremos ainda 11 dias de campanha e com certeza, por conta da disputa muito apertada, devem surgir os pontos mais fracos dos candidatos que ainda tem chance de vencer essa eleição.

No mais, não tem muito o que dizer, pois com a divulgação desse resultado não sabemos quem ainda pode mudar o voto em função de não querer que determinado candidato tenha êxito.

UMA ELEIÇÃO PRÓ-GOVERNO

Dos 19 governadores que estão disputando a reeleição, apenas o atual governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), não lidera as pesquisas no seu estado. Vale lembrar que Garcia era vice de João Dória Junior (PSDB) que renunciou para tentar ser candidato a presidente, mas desistiu.

Já os governadores Gladson Cameli (PP), do Acre; Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal; Renato Casagrande (PSB), do Espirito Santo; Ronaldo Caiado (UB), de Goiás; Mauro Mendes (UB), do Mato Grosso; Romeo Zema (Novo), de Minas Gerais; Helder Barbalho (MDB), do Pará; Ratinho Junior (PSD), do Paraná; Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte; Antônio Danarium (PP), de Roraima e Wanderlei Castro (Republicanos), do Tocantins, são os únicos governadores que estão disputando a reeleição que tem muita chance de ganhar já no primeiro turno.

Já os governadores Carlos Moisés (Republicanos), de Santa Catarina, e Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, são os únicos governadores que aparecem nas pesquisas com maiores chances de perderem a eleição nos seus estados.

Especialistas dizem que os governantes que mostraram maior dificuldade de lidar com a pandemia do covid-19 são aqueles que tem a menor diferença para os seus adversários nessa eleição.

Aqui em Santa Catarina há dois pontos a se destacar que foi a forma com que Carlos Moisés lidou com a Assembleia Legislativa nos primeiros dois anos do seu governo, tendo inclusive passado por dois processos de impeachment, e tendo na sua conta a compra desastrosa dos 200 respiradores por R$ 33 milhões que acabaram desaparecendo em contas fantasmas.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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