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União nacional de partidos pode mudar o atual cenário político de SC

Na tarde de terça-feira, 29, em Brasília, foi formalizada a Federação União Progressista, que é a junção do PP com o União Brasil em todo o Brasil. De acordo com as regras, eles precisam manter essa união por pelo menos 4 anos, ou seja, até 29 de abril de 2029.

Em Santa Catarina, esse grupo vai ter como representantes o senador Esperidião Amin (PP), o deputado federal Fábio Schiochet (UB) e seis deputados estaduais – Altair Silva, José Milton Scheffer e Pepê Collaço do PP e Jair Miotto, Marcos da Rosa e Sérgio Guimarães do UB.

E como esses dois partidos vão se colocar na eleição estadual de 2026? Bem, o União Brasil já tinha demonstrado o interesse em estar como prefeito de Chapecó, João Rodrigues. Já o PP vive um dilema interno, pois a maioria dos filiados lutam para ter a eleição da executiva estadual e os três deputados estaduais da legenda já declararam voto para o pré-candidato João Rodrigues.

Na negociação em Brasília, a presidência da Federação aqui no Estado é para ficar com o PP e o nome mais provável é o do presidente interino dos Progressistas, Leodegar Tiscoski. Mas a maioria dos deputados, prefeitos, vices e vereadores do PP querem como presidente da Federação o deputado federal Fábio Schiochet, que é o presidente estadual do UB.

 

FATO NOVO

Mas o fato novo é que o PP e consequentemente a Federação, podem ganhar um nome de peso para a disputa da eleição de 2026.

Para ter o apoio dos dois partidos, o PSD liberaria o ex-prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, para que ele assinasse a ficha no PP e fosse o candidato a vice na chapa do prefeito de Chapecó. Com isso, o senador Esperidião Amin seria um dos nomes ao Senado e a segunda vaga poderia ser dada ao prefeito Adriano Silva (Novo), de Joinville.

 

GEOVÂNIA FORA DO NINHO

Quem pode se juntar a esse grupo é a deputada federal Geovânia de Sá, do sul do Estado. Em 2022 ela ficou como suplente da deputada Carmen Zanotto (Cidadania) na Federação PSDB/Cidadania. Só assumiu a cadeira na Câmara Federal porque Carmen, em 2024, se elegeu prefeita de Lages.

A Federação com o Cidadania terminou e o PSDB deve sacramentar outra Federação com o Podemos, mas Geovânia não vê nominata suficiente na nova Federação para ter um bom desempenho nas urnas.

Então, como tem uma parceria de longa data com Salvaro, o ex-prefeito a convidou para assinar a ficha no PSD. Ela também tem em mãos os convites do MDB, Republicanos, PP e União Brasil, mas se realmente mudar, vai escolher um partido que esteja alinhado com João rodrigues, pois também já manifestou a pré-candidatura dele.

 

E O PSDB?

Bem, o PSDB nacional também fez na tarde de terça-feira, 29, uma reunião da sua executiva e decidiu que fará a fusão com o Podemos e a convenção nacional vai acontecer no dia 5 de junho para sacramentar a decisão. O presidente do PSDB de Santa Catarina, deputado estadual Marcos Vieira, participou da decisão e reafirmou que o partido terá candidato a governador no Estado em 2026.

Essa decisão pode dificultar a aliança com o Podemos em Santa Catarina, que cada vez mais se aproxima do governador Jorginho Mello. Para fazer uma composição, Marcos Vieira até aceitaria uma candidatura ao Senado, mas o governador de SC quer como seus candidatos a deputada federal Carol de Toni (PL), o prefeito João Rodrigues (PSD) e até o prefeito Adriano Silva (Novo), o que colocaria o deputado tucano como quarta opção.  

 

E O PODEMOS?

Se a fusão do Podemos com o PSDB realmente acontecer, o novo partido se transforma na quarta maior bancada da Assembleia Legislativa, com os deputados estaduais Lucas Neves, Paulinha Silva e Camilo Martins pelo Podemos e Marcos Vieira e Vicente Caropreso pelo PSDB, ficando atrás apenas do PL, MDB e federação PP/UB.

Mas aqui em Santa Catarina o Podemos seguirá presidido pela deputada estadual Paulinha. Ela deu prioritária em organizar o partido para as eleições de deputado federal e estadual e estudar as possíveis alianças na eleição do ano que vem.

Segundo Paulinha, com o aval da direção nacional, o Podemos de Santa Catarina não vai esperar o calendário nacional, pois a direção da fusão aqui no Estado não entrou na negociação com o PSDB, devendo seguir com ela no comando em qualquer cenário.

“Não dependemos de fusão para superar a cláusula de barreira. Se tiver a fusão, receberemos com muito carinho os filiados do PSDB, mas não contamos com isso para o nosso crescimento”, disse a deputada.

Ela reforça que tem total respaldo da presidente nacional, Renata Abreu, do vice, Pastor Everaldo, e de toda executiva nacional. “Seguimos no comando partidário, até porque contamos com uma construção muito robusta de nomes para a disputa do pleito em 2026, discutida semanalmente com a direção nacional”.

 

 

 

 

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