O Yahoo Brasil apresentou no último dia 12, o relatório “Connect Creative Commerce 2022”, que analisa as principais transformações e inovações do varejo, a partir da perspectiva de crescimento global do segmento e do peso dos canais digitais nas jornadas de consumo.
Idealizado pela consultoria GoAd Media à pedido do Yahoo, a partir da curadoria e social listening nos festivais Consumer Electronics Show (CES), NRF Retail Big Show e South by Southwest (SXSW), o relatório é dividido em macrotemas, como a “nova fase do e-commerce”, “economia circular” e “tecnologias imersivas”, e aponta diversas soluções que transformam o varejo e os pontos de contato com os consumidores.
Sobre a “nova era do e-commerce”, foi possível observar que o varejo está iniciando uma nova fase após as estratégias omnichannel, baseado nas experiências D2C (Direct to Consumer), que é responsável pela venda de produtos de uma indústria diretamente para o consumidor final.
Entre a intenção e a ação de adquirir produtos sustentáveis, o segundo macrotema do ano é a economia circular que, guiados pelos pilares ESG (em português, governança ambiental, social e corporativa), os varejistas investem em projetos e esforços para reutilizar materiais e minimizar impactos da produção.
Ainda segundo o levantamento, a reciclagem de produtos e o reaproveitamento de matérias-primas estão entre os principais pilares da economia circular, que ganha espaço nas estratégias de comércio de grandes varejistas.
Por fim, o terceiro macrotema do levantamento aponta o metaverso, palavra do ano, como nova solução nas experiências híbridas, com integração entre o ambiente físico e jornadas imersivas. No varejo, a inovação cria novas oportunidades de experimentação ao consumidor, além da compra de produtos e serviços, que desafia o conceito de posse e dá protagonismo aos tokens não fungíveis (NFT).
Ainda em desenvolvimento, as indústrias testam experiências imersivas, por meio de três pilares: metaverso, Web3 e NFTs. De modo geral, embora as tecnologias e modelos de negócio ainda tenham muito a evoluir nessa área, o avanço do 5G deve impulsionar o setor.
Além da análise da nova jornada de consumo, foi possível observar seis tendências que irão nortear as experiências do consumidor, a partir desse contexto de macrotemas do ano, da consolidação do e-commerce e das jornadas de experiências interativas:
Ascensão do CTV Commerce
- Conteúdo de marca focado em produtos desponta como formato publicitário potente nas TVs Conectadas (CTV);
- Uma integração cada vez maior da experiência da CTV com mobile. Mais agilidade nos pagamentos e no delivery são grandes ativos de competitividade;
- Os shoppable vídeos tiveram um crescimento de 40% em 2021, segundo a pesquisa chamada “Retails Sales Trends”, realizada pelo eMarketer;
- Um terço das pessoas que assistem a vídeos de e-commerce fazem isso pelo menos uma vez por semana;
- Conectar a mensagem de marca, por meio das telas e direcionar os usuários para o funil de conversão no momento em que eles estão mais interessados, é uma das grandes vantagens da CTVs;
- Entre as principais motivações, estão delivery gratuito e devolução, pagamento rápido e fácil, e experiências interativas;
- Três em cada quatro telespectadores de CTVs usam o smartphone para procurar conteúdo relacionado enquanto estão assistindo à TV, o que indica a integração desses meios.
Personalização e contexto: moedas da economia digital
- Personalizar a experiência de compra pode encurtar a jornada e surpreende os consumidores, desde que respeite o contexto;
- Personalização em escala mira dados proprietários diante do cenário cookieless;
- 65% dos consumidores procuram opções de compra mais convenientes no ambiente digital, segundo um estudo realizado pela Adobe;
- Os anúncios personalizados representam uma taxa de conversão 92% maior;
- 27% dos consumidores estão mais propensos a responder a experiências personalizadas do que a recomendações de influenciadores digitais.
A escalada dos pagamentos digitais
- Agilidade e segurança sanitária se firmam como importantes fatores na experiência do cliente;
- Cresce o investimento em tecnologias que permitem a compra sem contato, assim como a confiança do consumidor em relação às carteiras digitais;
- 79% dos dos consumidores pretendem usar mais o self-checkout depois da pandemia de Covid-19;
- 36% dos consumidores usaram o pagamento sem contato, por meio de suas carteiras digitais nos últimos seis meses;
- 2,3 bilhões é o número de usuários de carteiras digitais no mundo hoje.
D2C Commerce: agilidade e explosão da nova economia
- Vendas diretas ao consumidor são estimuladas pela consolidação de aplicativos e plataformas;
- Formato impulsiona diversos setores da Nova Economia: mobilidade, cannabusiness, energia limpa etc.;
- 68% da geração Z e 58% dos millennials encomendaram produtos diretamente das marcas, nos últimos seis meses;
- 60% acreditam que o D2C commerce entrega uma melhor experiência se comparado a marketplaces e a outros formatos de venda;
- 59% citaram programas de fidelidade como benefício do comércio direto ao consumidor;
- 47% compram por serviços de assinatura e citam a conveniência da entrega em domicílio.
Creator Commerce: consumo na cultura de nichos
- Economia dos creators engloba cultura digital e comunidades, impulsionando o social commerce e o live streaming shopping;
- Varejo segmentado é o mais praticado neste campo, tendo a influência como fio condutor e modelos de ecossistemas como propulsores de negócios;
- A potência da Creator Economy foi apresentada no SXSW 2022 por Amber Venz Box, fundadora da plataforma LTK. Ela mostrou que esse setor movimenta 100 bilhões de dólares globalmente;
- 70% das empresas pretendem investir no marketing de influência, em 2022.
Economia Circular: sustentabilidade como estratégia
- Indústrias B2C de diversos segmentos estabelecem metas relacionadas à economia circular;
- Atuação responsável atende demandas urgentes e cria conexões significativas e mais confiáveis entre sociedade e marcas;
- 60% dos consumidores ouvidos estão dispostos a comprar online de empresas que têm produtos associados a causas;
- 44% estão dispostos a pagar um preço mais alto por produtos associados a causas;
- 53% querem ter a opção de comprar de vendedores com práticas de negócios sustentáveis.