Na tarde de segunda-feira, 14, a executiva estadual do MDB se reuniu para analisar os números da eleição municipal de 2024 em Santa Catarina.
Estavam presentes o presidente licenciado Carlos Chiodini; o presidente interino Valdir Cobalchini; o secretário de Infraestrutura de SC, Jerry Comper, os deputados estaduais Antídio Lunelli, Emerson Stein, Tiago Zilli e Fernando Krelling; o deputado federal Rafael Pezenti; o ex-deputado Neuto de Conto; a senadora Ivete da Silveira; a presidente do MDB Mulher, Dirce Heiderscheidt; Eduardo Pinho Moreira e outros membros do partido.
Em 2024, o MDB elegeu 70 prefeitos, 59 vice-prefeitos e 741 vereadores, o que foi considerado um número dentro do esperado pelos membros do partido nessa eleição.
O MDB ainda não conseguiu avançar nas 10 maiores cidades de Santa Catarina, mas esse trabalho deve estar ligado ao desempenho dos seus candidatos na próxima eleição estadual.
A ideia é fazer com que políticos bons de voto, mas que perderam a eleição em 2024, possam entrar na lista de candidatos a deputado federal e estadual para, primeiro buscar a vitória em 2026, e mais para frente representar o MDB na outra eleição municipal.
Das grandes cidades, as que mais preocupam são Florianópolis, Blumenau, Chapecó e Lages. Em Florianópolis, o vereador João Cobalchini está encarregado de reorganizar a sigla. Em 2024, o partido elegeu três vereadores na Capital e está na base de apoio do prefeito Topázio Neto (PSD).
Já em Blumenau, o diretório não tem candidato a prefeito desde 2000 e não tem um vereador na Câmara Municipal desde 2018. Está na base de Egídio Ferrari, mas deve ter pouco espaço no novo governo municipal.
Em Chapecó, o diretório tem um trabalho começado e vai fazer parte do governo de João Rodrigues, mas elegeu apenas Cleber Fossá para a Câmara, onde ele foi o menos votado entre todos os eleitos.
Em Lages, o MDB precisa começar um trabalho praticamente do zero, pois neste ano o ex-prefeito Elizeu Mattos teve a sua candidatura caçada e elegeu apenas Aldori Freitinhas para o legislativo municipal.
A cidade onde o partido está mais forte é Jaraguá do Sul. Lá, com a reeleição de Jair Franzner, vai completar 12 anos à frente da Prefeitura e elegeu 3 dos 11 vereadores. É o reduto do deputado estadual Antídio Lunelli, que já pensa em ser o nome escolhido pelo partido para compor a chapa de reeleição do governador Jorginho Mello.
O deputado Valdir Cobalchini entende que ainda não é o momento para esse tipo de conversa e que a primeira decisão deva ser a escolha do próximo presidente da Alesc. O MDB quer manter Mauro de Nadal, mas ainda vai conversar com o deputado estadual Júlio Garcia (PSD), que foi quem trabalhou para a vitória de Nadal, em 2023.
Fato é que o MDB, em 2022, saiu daquela eleição dividido e sem muita perspectiva, mas já em 2024 se vê uma reconstrução e esse trabalho, segundo a executiva, precisa continuar para que o MDB volte a ter candidato a governador de Santa Catarina.
O último foi Mauro Mariani, em 2018, que acabou em terceiro naquela eleição, sendo desbancado pelo ex-governador Carlos Moisés da Silva (PSL), que foi eleito governador do Estado.
