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A polêmica da desembargadora na Secretaria de Administração Prisional do Estado

Há duas semanas que se fala na possibilidade de a desembargadora Cinthia Beatriz Schaeffer assumir o comando da Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa.

Ela está no TJSC desde 2017 e desde então vem atuando nas Câmaras Criminais. Ela é responsável pelo andamento dos processos da Operação Mensageiro e é vista como uma desembargadora técnica e de decisões embasadas. Na Mensageiro, ela autorizou 15 mandados de prisão preventiva e 108 mandados de busca e apreensão nas regiões Norte, Sul, Planalto Norte, Vale do Itapocu, Vale do Itajaí, Alto Vale do Itajaí e Serra catarinenses.

As ações no judiciário dão pistas de que Cinthia realmente deve aceitar o convite de Jorginho Mello. O desembargador Francisco Oliveira Neto revogou uma portaria de 8 de fevereiro que designou a desembargadora Cinthia para fazer parte do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Prisional e Socioeducativo.

A saída dela desse grupo do judiciário dá mostras que ela deve se aposentar em breve do Tribunal de Justiça de Santa Catarina para realmente assumir o novo posto no Governo do Estado. Se assumir, ela vai poder indicar o secretário-adjunto e o diretor do Departamento de Polícia Penal, que hoje é comandado por Renata de Souza.

Nesse momento, a secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa é tocada por Carlos Antônio Gonçalves Alves, que deve ser remanejado de função caso a desembargadora assuma.

Especulou-se que o também desembargador João Henrique Brasi poderia integrar a equipe de Cinthia Schaeffer, mas ele nega informando que vai continuar no TJSC até a sua aposentadoria, que vai acontecer em 2025.

Pessoas de vários partidos estão preocupadas com os rumos da atual administração do Governo do Estado no ano que vem, pois o governador terá que nomear muita gente, entre prefeitos que estão saindo do cargo e candidatos a deputado em 2026, e isso pode afetar a organização de várias secretarias que hoje estão dando resultado.

A nomeação da desembargadora também não é vista pelos policiais civis de carreira como positiva, pois a nomeação dela é apenas para que o governador faça um gesto de aproximação com o judiciário, esquecendo do trabalho técnico que vem sendo feito até esse momento.

Enfim, o Governo do Estado de Santa Catarina pode passar por um processo de inchaço nos próximos meses única e simplesmente para garantir os apoios a reeleição do governador Jorginho em 2026 e isso não é bom para o contribuinte e muito menos para os funcionários de carreira, que serão comandados por políticos sem conhecimento técnico e que devem ficar apenas por um tempo, pois a maioria deve deixar o cargo para participar da eleição estadual.

 

 

 

 

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