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Agenda da Água para construção de política de Estado em Santa Catarina

Foto: Presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, apresentou o documento durante sessão na Assembleia Legislativa / Crédito: Filipe Scotti

A escassez e a qualidade da água têm se tornado preocupações crescentes em Santa Catarina. Nesse contexto, a Federação das Indústrias do Estado (FIESC) propõe uma abordagem proativa por meio da sua Agenda da Água, visando construir uma política de Estado para os recursos hídricos.

 

O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, apresentou na quarta-feira, dia 22, na Assembleia Legislativa (ALESC), a Agenda da Água, um documento que busca contribuir para a construção de uma política de Estado para a água em Santa Catarina. Lançada no final de 2023, a Agenda aborda questões críticas sobre o suprimento, qualidade, escassez, excesso e governança da água no estado. Aguiar destacou que, até 2027, todas as regiões hidrográficas catarinenses podem enfrentar situações de balanço hídrico críticas ou insustentáveis.

Foto: Sistema Insular -Estação de Tratamento de Esgoto de Florianópolis / crédito acervo Casan.

O documento também alerta que Santa Catarina é o sexto estado do país com maiores prejuízos causados por desastres naturais, totalizando R$ 32,5 bilhões desde 1991, com a indústria liderando as perdas nacionais do setor. No âmbito do saneamento, Santa Catarina ocupa a 19ª posição no índice de atendimento urbano de esgoto, necessitando de R$ 6,4 bilhões em investimentos para universalização. A FIESC, por meio do Monitora FIESC, acompanha projetos e obras essenciais, destacando que 77,8% das obras de saneamento estão paralisadas ou comprometidas. Além disso, a FIESC apoia a campanha “Operação de Volta para Casa” do Instituto Caldeira para ajudar vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

Um modelo de gestão proativo é essencial para uma política de estado dos recursos hídricos de Santa Catarina. O saneamento básico, por sua vez, é um investimento com alto retorno: para cada R$ 1 aplicado no setor, economiza-se R$ 4 em tratamentos de saúde, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No entanto, menos de um terço da população catarinense dispõe de serviços públicos de coleta e tratamento de esgoto, índice abaixo da média nacional.

Em 2023, a ANA assinou o Pacto pela Governança da Água com o Governo do Estado de Santa Catarina em Blumenau, visando melhorar a gestão de recursos hídricos e a regulação dos serviços de saneamento básico. Para a FIESC, uma governança eficiente da água, gerida por técnicos responsáveis pelos resultados e atuando de forma sistêmica, é fundamental para enfrentar os desafios catarinenses e garantir a oferta de água em quantidade e qualidade no presente e no futuro.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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