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Avaliação do debate na NSC TV

Reprodução/NSC

A NSC cumpriu a difícil missão de reunir oito candidatos a governador para debate ontem à noite, 27, colocando-os em forma de V lado a lado, em formato que permitiu a troca de opinião livre em dois blocos (dois foram com temas determinados).

O primeiro bloco, por isso, foi animado e cheio de baixarias, como tem sido a campanha na reta final. Coube a Jorge Boeira, candidato com quase traço nas pesquisas, abrir o programa e o elenco de maldades disparando contra Moisés pela compra dos respiradores e aos demais, menos diretamente a Jorginho Melo e Esperidião Amin.

Mais agressivo do que ele foi Ralf Zimmer, outro com traço nas pesquisas e com nada a perder. Pegou forte com Gean Loureiro, lembrando episódio degradante de bastidores envolvendo funcionária da prefeitura.

Moisés terminou o bloco também dando seus disparos contra Gean, dizendo que o TRE mandou tirar do ar informações que ele chamou de fake. E pediu direito de resposta a agressões sofridas por Zimmer, mas a emissora equivocadamente não concedeu.

A conclusão do programa até aqui pode ser resumida assim: tem gente concorrendo ao governo do Estado que não merece estar sob avaliação do eleitor.

O segundo bloco tratou de assuntos selecionados pela produção e tanto nesse quanto no seguinte um tema foi recorrente: as condições das estradas. Moisés apresentou sempre os dados de sua gestão, os demais sempre enfatizaram a insuficiência de infraestrutura.

Nesse bloco, um momento relax quando Décio Lima registrou que estava sendo perguntado pela segunda vez por Moisés, dizendo que não fazia parte da disputa do apoio de Jair Bolsonaro por ser da paz e do amor.

Jorge Boeira baixou o nível outra vez sugerindo que Zimmer bateu na mulher. E este ampliou a baixaria sugerindo que Moisés viajou para Bonito em avião do governo em companhia discutível. Desta vez, o governador recebeu direito de resposta e se defendeu da acusação de Zimmer, dizendo que ele era linha auxiliar de Jorginho Melo escalado para bater nele.

No último bloco, quem ficou acordado depois da meia-noite, viu que esquentou o clima, quando Jorginho Melo chamou Moisés de mentiroso e este rebateu dizendo que foi procurado por Jorginho para produzir um desconto para contrato de empresa pública.

A troca de acusações entre os dois de certa maneira revela o que a última pesquisa IPEC mostrou: empate técnico entre eles. No debate de ontem, cada um procurou tirar pontos do outro. Décio Lima conseguiu alguns momentos de destaque, os demais foram coadjuvantes. Depois do início virulento, Gean terminou mais light defendendo ideias, deixando a próxima pesquisa eleitoral, marcada para sexta-feira, a difícil tarefa de possivelmente indicar o voto dos catarinenses.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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