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Campanha de Moisés ainda não sentiu a força do MDB

Desde o início de 2022 o governador Carlos Moisés deixou claro que tinha a intenção de se filiar no MDB, mas com o passar do tempo ele foi se afastando do maior partido de Santa Catarina pelo receio de ter que disputar uma prévia com Antídio Lunelli.

Celso Maldaner, presidente do partido, o ex-prefeito Udo Döhler e o deputado federal Carlos Chiodini queriam uma candidatura própria e a bancada de deputados estaduais queria ver o MDB apoiando a reeleição de Moisés.

A jogada de mestre foi quando os deputados ofereceram para Udo a vaga de vice de Moisés e o empresário abandonou o amigo Antídio Lunelli e foi para as prévias com o ex-prefeito de Jaraguá do Sul. Outro ponto importante foi o compromisso de Moisés com Celso Maldaner, garantindo que ele seria o candidato ao senado.

Udo venceu Lunelli na convenção, mas a partir daí a base ficou dividida e ainda não mostrou sua força em favor das candidaturas de Carlos Moisés ao governo e de Celso Maldaner ao senado.

O que se comenta nos corredores dos diretórios do MDB é que o filiado do partido não está aceitando ser apoiador de um partido pequeno como o Republicanos. Muitos prefeitos queriam a candidatura própria e como isso não aconteceu, escolheram outro candidato ao governo do Estado.

Internamente, a coordenação da campanha de Moisés e as lideranças emedebistas parecem não estar na mesma sintonia. Os marketeiros eram contrários a saída do governador do cargo, mas o MDB exigiu que ele desse a oportunidade de o deputado Moacir Sopelsa assumir o comando do Estado e Moisés não teve como negar.

Agora Carlos Moisés quer receber em troca um trabalho mais forte das lideranças emedebista nas bases para que ele garanta uma vaga no segundo turno e, principalmente, não entre na segunda parte das eleições com pouca vantagem sobre o adversário.

Esperidião vinha dizendo nas suas reuniões que “Carlos Moisés, se vencer, será um mero passageiro do seu próprio governo, pois quem vai mandar, de fato, será o MDB. O MDB vai dar um bloco de passe para o Moisés para os próximos quatro anos”.

Não se sabe realmente se isso vai acontecer, mas o que se vê até agora é que nem Moisés está turbinando as candidaturas emedebistas e nem o MDB está dando para o governador a quantidade de eleitores que ele precisa para ter mais tranquilidade nessa eleição.

Os dois lados esperam que a base do MDB deixe a inércia eleitoral de lado e se engaje na campanha do governador. O número de prefeitos é importante, mas se a base emedebista não se engajar, Moisés ficará numa situação difícil em 2022.

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