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Carlos Moisés vai novamente se unir com a deputada Paulinha

É fato que a situação do ex-governador Carlos Moisés da Silva dentro do Republicanos está muito desconfortável depois que o governador Jorginho Mello (PL) fez um acordo com o deputado federal Marcos Pereira, presidente nacional da sigla.

O governador de Santa Catarina prometeu que a sua bancada na Câmara Federal votaria em Marcos Pereira em janeiro, na eleição para a Mesa Diretora, mas quis colocar o seu grupo comandando o Republicanos catarinense.

Com isso, o deputado federal Jorge Goetten saiu do PL e se filiou no Republicanos para assumir a presidência e de quebra Jorginho colocou seu irmão, Juca Mello, na vice-presidência.

Carlos Moisés não teve alternativa, pois a janela de troca de partido para participar da eleição municipal já tinha fechado e hoje está isolado no Republicanos.

Mas uma das maiores aliadas quando era governador, a deputada estadual Paulinha, que é a presidente estadual do Podemos, convidou Moisés para se filiar no seu partido para que ele seja um dos candidatos a deputado federal em 2026.

Se Moisés realmente assinar a ficha no Podemos, ele poderá também ficar com o comando do partido em Tubarão. Hoje a sigla apoia a candidatura do ex-chefe da Casa Civil, Estêner Soratto, que foi o nome escolhido pelo governador Jorginho para a disputa a Prefeitura da cidade.

Fato é que Moisés voltará a cena política nas próximas eleições e a previsão é que ele tenha uma boa quantidade de votos, principalmente em pequenos municípios de Santa Catarina.

Até lá, Carlos Moisés tem se dedicado a fabricação de cerveja artesanal para passar o tempo e só deve mesmo pensar em política a partir de 2025.

 

PROCESSO DE JORGINHO

Na eleição de 2022 o então governador Carlos Moisés (Republicanos) disse num debate da NSC TV que o então senador Jorginho Mello (PL) tinha pedido para que ele não fizesse a revisão de um contrato de uma empresa que prestava serviço para o sistema prisional catarinense.

No debate, Moisés disse “me procurou para eu não mexer em um contrato público que eu revisei e economizei. Era R$ 100 milhões por ano, baixou para R$ 50 milhões. Você disse que, para você, quele contrato era muito importante”.

Jorginho processou Moisés pedindo que fosse provado o que foi dito, mas na segunda-feira, 12, o juiz Marcelo Carlin, do 2º Juizado Especial Cível de Florianópolis, julgou improcedente a ação por danos morais.

Como prova de sua inocência, Moisés apresentou o relatório de visitas da Casa D´Agronômica mostrando que Jorginho e seus filhos, Bruno e Filipe Mello, o visitaram no dia 27 de outubro de 2020.

No seu relato, o ex-governador disse que ouviu de Jorginho que “seria importante tomar cuidado e evitar a substituição da empresa que estava prestando serviços na ocasião, alegando que o governador vai passar vergonha, pois o sistema prisional vai entrar em colapso com a troca da empresa. Na oportunidade, sem ter clara a intenção do senador com o assunto tratado, afirmei que faria o melhor para os catarinenses”.

Diante do fato, o juiz entendeu que Jorginho Mello “não impugnou os fatos declarados pelo réu”, definindo que a conversa sobre o contrato aconteceu. Na sua alegação, Jorginho esclareceu que seu interesse era republicano, mas que Moisés teria interpretado como um interesse privado.

No fim, Marcelo Carlin escreve que o julgamento se o interesse de Jorginho Mello era público ou privado deve ser realizado pela população no campo político e pelas instâncias competentes.

 

 

 

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