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De olho no debate

Foto: Reprodução/YouTube

Quando um conteúdo de rádio ou tv está há muito tempo no ar e depende do desempenho de um grupo de pessoas, com certeza precisará de manutenção, como um material que apresenta fadiga por uso. É preciso acompanhar, ouvir, avaliar e corrigir rumos, ainda mais se o produto é sucesso.

É o que parece necessário no momento com o Debate Diário, da CBN, que está no ar há mais de 25 anos e acaba de recuperar parte da audiência que tinha perdido para a Jovem Pan News.

Em primeiro lugar, precisa de proteção a invasão comercial que cada vez mais ocupa o espaço do programa, como se a janela de propaganda não tivesse limite. Na sexta-feira passada, por exemplo, o programa começou de fato às 13h13 e só voltou do intervalo do meio às 13h40. Sinal de que não tem ninguém da área de produto impondo limites para os breakes comerciais.

Depois, seria preciso dar uma calibrada na opinião dos comentaristas, que passam grande parte da semana escalando os times de suas preferências, tanto de Avaí como de Figueirense. É comum frases como “eu prefiro” ou “minha escalação”, numa visível confusão entre as preferências dos debatedores e com as decisões dos treinadores. Há uma enorme diferença entre opinar e escalar time.

Por fim, as brincadeiras entre os participantes, que são necessárias para aliviar a tensão com o futebol abaixo da crítica praticado em Florianópolis, mas precisam de limites. Há momentos para brincar, há momentos para falar sério e cobrar qualidade na gestão do futebol na Capital. Que é necessidade do momento.

 

Imagem

Apesar das orientações e do entendimento que não é possível separar as redes sociais do privado do profissional, alguns jornalistas ainda se perdem ao avaliar seus  conteúdos.

Foto: Reprodução/Twitter

 

Foto: Reprodução/Twitter

No caso registrado aqui, com vários posts falando em empresas, o profissional deveria considerar que precisa definir melhor o plano de carreira. Ou de define como perfil de credibilidade, tratando de assuntos relevantes como faz com frequência, ou fica nas miudezas das redes sociais. Os dois ao mesmo tempo não é viável.

 

Cobrança

Em pelo menos um caso conhecido nos bastidores, outro profissional da NSC em crescimento profissional foi chamado a dar explicações sobre posts considerados publicitários.

 

Circulação

Em longo texto, onde explica a mudança de critério do Instituto Verificador de Circulação, a Folha de São Paulo comemora a liderança de circulação paga desde o mês de julho deste ano, superando O Globo.

Circulação digital em julho:

  • Folha: 752.019
  • O Globo: 325.598
  • O Estado: 185.106

 

Já em circulação impressa, os números são cada vez menores.

Circulação impressa em julho

  • O Estado: 58.236
  • O Globo: 56.181
  • Folha: 44.069

 

Cripto

Foto: Divulgação/Reprodução

Os atores Cauã Raymond e Tatá Werneck, o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e o jornalista Marcelo Tas estão sendo chamados a depor na CPI que investiga a fraude das Pirâmides Financeiras. Todos eles, em algum momento nos últimos anos, emprestaram ( ou venderam?) sua imagem para anunciar em empresas de criptomoedas que acabaram dando golpe no mercado e prejudicando inúmeros clientes.

No caso de Tas, ele fez uma entrevista patrocinada com o dono da empresa Atlas, que é acusada do golpe.

Já Werneck, para a mesma empresa, declarou no comercial : “Eu fiquei interessada (em criptomoedas) por ter o domínio sobre algo que eu luto tanto e sempre lutei para conseguir”. Para a mesma empresa, Cauã gravou: “Eu acho que as criptomoedas estão aí e a gente precisa olhar para elas. Tenho alguns amigos que estão investindo e estão muito felizes”.

Quanto a Ronaldinho, a investigação é com a relação a empresa 18k Ronaldinho. A defesa nega que ele seja o dono e diz que ele apenas “garoto-propaganda”.

É muito provável que a CPI das Pirâmides acabe em pizza, como muitas outras, mas com certeza vai propiciar um debate sobre a responsabilidade de personalidades públicas que usam sua imagem para chamar clientes para esquemas fraudulentos. Ou pelo menos chamar a atenção de artistas e jogadores para que examinem com rigor os contratos publicitários que vão assinar de agora em diante.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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