Na semana passada, na véspera do feriado de Tiradentes, os vereadores de Blumenau aprovaram em regime urgentíssima, com uma aprovação nas comissões e no plenário em apenas uma sessão, a criação de mais 15 cargos comissionados, um para cada vereador, e também o aumento do valor e a extensão do vale alimentação para os nobres colegas.
Pensava-se que isso seria um caso isolado, mas na segunda-feira, 24, os vereadores de Florianópolis também seguiram o mesmo caminho e criaram mais 25 cargos em comissão e aprovaram o auxílio alimentação para os vereadores e auxílio saúde para todos que trabalham no legislativo da Capital, incluindo, é claro, os vereadores.
Mas a gastança não parou por aí, pois também foi aprovado o aumenta a verba de gabinete. Dos 23 vereadores, apenas Manu Vieira (Novo), Maikon Costa (PL) e João Paulo Ferreira “Bericó” (UB) votaram contrários as matérias que tramitou em todas as comissões e no plenário em apenas 5 dias.
Em Blumenau, os únicos que rejeitaram as matérias foram os vereadores Carlos Wagner Alemão (UB), Diego Nasato (Novo), Emmanuel Tuca dos Santos (Novo) e Gilson de Souza (Patriota).
Na cidade do Vale do Itajaí o aumento do gasto anual ficou em R$ 2,75 milhões, mas em Florianópolis os números ainda não foram divulgados.
Tanto no Vale quanto na Capital ainda paira dentro do legislativo das duas cidades a possibilidade também do aumento do número de vereadores.
Não se sabe se as duas casas estão trabalhando unidas, mas no fim do mês de março, o vereador e presidente da Câmara de Blumenau, Almir Vieira (PP), esteve visitando a Câmara de Florianópolis para saber quais benefícios os parlamentares da Capital já tem direito.
Há rumores que Almir Vieira quer aumentar de 15 para 23 o número de vereadores em Blumenau e que João Cobalchini (UB) pretende que Florianópolis atinja o número de 25 parlamentares, o máximo permitido por lei na Capital.
O fato é que, em véspera de ano de eleição, tem muito parlamentar preocupado com a reeleição e acredita que fazendo essas mudanças agora, o eleitor vai esquecer o que aconteceu e todos passarão ilesos pelo julgamento popular.
Esperamos que os moradores de Blumenau e Florianópolis tenham em mente que elegemos representantes para nos ajudar, mas se eles não ajudam nem a eles próprios, é porque está na hora de mudar.
Quem viver, verá!
