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Desempenho produtivo e Alertas Econômicos

Foto: Indústria / Crédito: Pixabay
Foto: Indústria / Crédito: Pixabay

Acima da média. Em abril, a economia catarinense teve um desempenho surpreendente, registrando o maior crescimento do país. Esse resultado foi impulsionado principalmente pela produção industrial, com ênfase nos setores de produtos de borracha e material plástico, alimentos e automotivo. Santa Catarina apresentou um crescimento de 2,9% em relação a março, enquanto a média nacional teve um aumento de 0,6%. A agropecuária e a indústria foram os principais impulsionadores desse crescimento. Por outro lado, os setores de serviços e comércio enfrentaram quedas na atividade econômica. No comércio, os segmentos mais afetados foram a venda de combustíveis e lubrificantes, além de veículos, motocicletas, partes e peças. O encarecimento do crédito devido à taxa de juros alta tem prejudicado especialmente essa última atividade, conforme explica Marcelo de Albuquerque, economista do Observatório FIESC.

Emprego. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) compilatdos pelo Observatório da FIESC, a economia de Santa Catarina registrou 3,6 mil empregos em maio, impulsionada pelo setor da construção civil, que abriu 671 vagas. As atividades relacionadas aos serviços especializados lideraram o crescimento na indústria, seguidas pelas indústrias de insumos e alimentos. No entanto, o setor têxtil, confecção, couro e calçados teve um desempenho negativo, com o fechamento de 868 postos de trabalho. No acumulado do ano, a economia catarinense gerou 59.372 empregos, com destaque também para a indústria química e o varejo. A restrição na produção industrial e a taxa de juros elevada foram apontadas como fatores influentes na perda de oito vagas na indústria geral.

Alinhamento positivo. O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, alinha-se ao posicionamento do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao defender uma redução na taxa básica de juros (Selic), atualmente mantida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Uma taxa de juros mais baixa pode ter efeitos positivos na economia, estimulando o investimento, o consumo, o setor imobiliário, o empreendedorismo e os investimentos estrangeiros. Isso pode impulsionar o crescimento econômico, gerar empregos, aumentar a produção e tornar o crédito mais acessível para consumidores e empresas. No entanto, é importante considerar outros fatores e manter um equilíbrio para evitar desequilíbrios econômico. Ganha o país, ganha a indústria.

Investimentos prioritários. Em documento ao ministro dos Transportes, Renan Filho, e à bancada federal catarinense, a Federação das Indústrias defende investimentos prioritários em obras rodoviárias e ferroviárias para o estado. No ofício, a FIESC também destacou as demandas para serem incorporadas no Plano de Aceleração de Crescimento, que são estruturais e necessárias para dar maior eficiência e segurança às rodovias federais. De acordo com monitoramento da FIESC, nos últimos 10 anos, dos valores anuais previstos em investimentos na infraestrutura de transportes catarinense, apenas 51% foram efetivamente executados ou pagos.

Summit Cidades 2023 acontece essa semana em Florianópolis, mas o telhado de vidro com a aprovação de um Plano Diretor para Capital sem a apresentação pela Prefeitura Municipal de um estudo de impacto das novas diretrizes (solicitado inclusive pela Ministério Público de Santa Catarina), 25 pontos que ferem a Constituição Federal e comtempla apenas 5 dos 17 objetivos de Desenvolvimento Sustentável recomendados pela Organização das Nações Unidas (ONU) com foco na redução das desigualdades e na mudança climática. Um exemplo para o futuro? Não. Apenas vistas grossas ao processo político que priorizou a construção civil. O interesse em discutir o desenvolvimento das cidades cai por terra quando, na prática só o crescimento econômico e a “próxima eleição” são priorizados.

Foto: A auditora de finanças Graziela Luiza Meincheim e o auditor fiscal e diretor de Desestatização e Parcerias (DIDE/SEF), Renato Lacerda no Summit Summit Cidades 2023 / Crédito: divulgação SEF.

Boa práticas e transparência. As boas práticas de Santa Catarina na transparência da gestão financeira e na atração de investimentos foram compartilhadas por diretores da Secretaria de Estado da Fazenda no Summit Cidades 2023, na Capital. A auditora de finanças Graziela Luiza Meincheim, liderou o painel “Balanço Cidadão – Formando Cidadãos Mais Participativos da Gestão Pública”, e apresentou uma cartilha que explica com ilustrações e exemplos práticos como os recursos estaduais foram aplicados pelo Governo. O download da Cartilha Cidadã – Rede de Controle da Gestão Pública pode ser realizado no link a seguir: https://cge.sc.gov.br/download/cartilha-cidadao-_-rede-de-controle-de-gestao-publica-sc/

Floripa & Região.  Promover a região para aumento do fluxo turístico e gerar oportunidades de negócios aos associados estão entre as principais atividades do Destino Floripa & Região. Entre as ações no calendário do primeiro semestre, a entidade marcou presença em em dois grandes eventos de MICE (voltado ao turismo de negócios), incluindo a presença no Panamá na FIEXPO, o mais importante evento desse segmento da América Latina. A entidade também realizou evento de capacitação dos profissionais que atuam na recepção de hotéis, com abordagem sobre a Room Tax, press trips com veículos de comunicação da Europa, Pernambuco e de São Paulo, reuniões para captação de voos com o Floripa Airport, entre outras iniciativas. Segundo o presidente da entidade, Lucas Schweitzer, a associação encerrou a primeira etapa de 2023 com resultados surpreendentes.

Foto: Lucas Schweitzer, Presidente do Destino Floripa & Região / Crédito: Divulgação Destino Floripa & Região.

Somos indutores do desenvolvimento turístico de Florianópolis e região, por isso, sempre buscamos promover oportunidades de negócios aos nossos associados. O trabalho realizado em prol do turismo de Florianópolis e região demostra a importância da entidade para a economia local e do Estado, Lucas Schweitzer, Presidente do Destino Floripa & Região

 

Foto:Artur Rodrigues Bitencourt, gerente geral da Sinart / apresentando projeto do terminal / Crédito: Divulgação Destino Floripa & Região

Revitalização Terminal Rodoviário Rita Maria. A convite do Destino Floripa & Região, a empresa Sinart, concessionária do Terminal Rodoviário Rita Maria em Florianópolis, apresentou no evento, em primeira mão, o projeto de revitalização da rodoviária ao trade turístico e demais participantes. Segundo o gerente geral da Sinart, Artur Rodrigues Bitencourt, o terminal será moderno, com melhoria e qualificação dos ambientes, e abrigará um centro comercial amplo e com mix variado, além de uma praça de alimentação.

 

Foto: Livro “Santa Catarina: uma história de empreendedorismo” / Crédito: divulgação.

Empreendedorismo catarinense, A Editora Expressão, em parceria com o LIDE SC, maior grupo multisetorial de líderes empresariais do Brasil, está prestes a lançar o livro “Santa Catarina: uma história de empreendedorismo”, retratando o notável sucesso do espírito empreendedor catarinense. Com uma economia diversificada e destacando-se nos setores têxtil, cerâmica, metalmecânica, alimentos, construção civil, tecnologia e inovação, o estado tornou-se referência nacional. A obra será dividida em três capítulos: Passado, Presente e Futuro. O objetivo é homenagear os desbravadores, inspirar os empreendedores do futuro e celebrar as conquistas do estado, conforme destacado por Delton Batista, responsável pela publicação. O lançamento está marcado para o dia 08 de novembro de 2023, durante a solenidade do Prêmio Líderes SC, na Alameda Casa Rosa, em Florianópolis.

 

Censo

Brasil: De 2010 a 2022, população brasileira cresce 6,4% e chega a 203,1 milhões Isso representa um crescimento médio de 0,53% ao ano em relação ao Censo anterior (2010 – 190,8 milhões). Trata-se do menor avanço já registrado na série histórica de 150 anos. A primeira operação censitária do Brasil ocorreu em 1872.

Em Santa Catarina a população é de 7.609.601, o que representa um aumento de 21,78% quando comparado ao Censo anterior, um crescimento médio de 1,8% ao ano. Com tendência de crescimento e bem acima da média brasileira.

Os municípios:  Joinville (1°), com uma população de 616.323 pessoas, continua sendo o maior município do Estado. Seguido por Florianópolis (2º) com 537.213 pessoas, Blumenau (3º) com 361.261, São José (4º) com 270.295 pessoas, Itajaí (5º) com 264.054 pessoas e Chapecó (6º) com 254.781 pessoas.

Chapecó: um crescimento impressionante, mas com desafios urgentes. O município de Chapecó desponta com um surpreendente crescimento de 38,1% em um determinado período, equivalente a uma média anual de 3,17%. Esses números refletem a pujança econômica local e demandam ações políticas que priorizem o desenvolvimento da infraestrutura e logística de apoio à expansão regional. No entanto, é simplesmente inaceitável imaginar que uma passagem aérea de Florianópolis para Chapecó possa custar mais de 4.200 reais, superando até mesmo os valores de passagens internacionais de Florianópolis para destinos como Buenos Aires, Estados Unidos e países europeus. A população e os negócios de Chapecó merecem uma conectividade acessível e justa, seja por terra ou ar, que impulsione ainda mais o seu crescimento econômico.

Brasil & Economia Mundial

Marcello Casal JrAgência Brasil

Crescimento. O Banco Central elevou a previsão de crescimento da economia do Brasil para 2,0% em 2023. No entanto, há preocupações em relação a uma possível desaceleração ainda este ano devido à diminuição do ritmo de crescimento global e aos impactos da política monetária doméstica, especialmente os juros altos mantidos pelo Banco Central. Esses alertas destacam a importância de adotar medidas adequadas para minimizar os efeitos negativos e encontrar um equilíbrio entre o controle da inflação e o estímulo ao crescimento econômico, buscando um desenvolvimento sustentável para o país.

Alerta! O Banco Mundial divulgou um relatório chamado “Perspectivas Econômicas Globais”, revelando um cenário sombrio para a economia global. O estudo aponta uma combinação de fatores negativos, como a desaceleração do comércio mundial, o aumento do protecionismo, a crise climática e o crescente endividamento dos países pobres. Esses elementos representam uma ameaça significativa à estabilidade econômica global. O relatório faz um apelo para ação imediata, destacando a necessidade de medidas urgentes por parte dos governos, instituições e líderes para enfrentar esses desafios e promover um crescimento econômico saudável e sustentável.

Dados & Indicadores

Desemprego. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que a taxa de desemprego no País caiu a 8% em abril, na série dessazonalizada. Trata-se do menor patamar registrado nos últimos oito anos.

Deflação ao produtor é puxada por combustíveis e impulsiona queda do IGP-M. O indicador que tem mais peso dentro da composição do IGP-M também foi o que apresentou a maior deflação em junho (-2,73%). Esse resultado foi puxado, sobretudo, pela forte queda do subgrupo de combustíveis para o consumo, que despencou 10,56% no mês, depois de cair 1,27% em maio. O preço do Diesel encolheu 13,82%, enquanto o preço da gasolina caiu 11,69% e preços de importantes commodities agropecuárias seguem em queda, como: milho (-14,85%) e bovinos (-6,55%).

Inflação do aluguel, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou uma queda de 1,93% em junho, acumulando uma redução de 6,86% nos últimos 12 meses. No ano de 2023, até o momento, o IGP-M registrou um recuo de 4,46%. Desde abril, o indicador vem demonstrando deflação no acumulado em 12 meses, algo que não ocorria desde fevereiro de 2018.

Foto: Divulgação/SCGÁS

Cai o preço do gás. A partir deste sábado, 1º de julho, as tarifas do gás natural para a indústria catarinense terão uma redução média de 13,5%, conforme anunciado pela SCGás. A Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc) aprovou duas resoluções que atualizam o custo do gás e transporte, bem como a margem de lucro bruto da distribuição de gás canalizado, elementos cruciais para o cálculo da tarifa de gás natural. De acordo com as normativas da Aresc, os efeitos sobre as tarifas médias são os seguintes:

  • Segmento Industrial: – 13,5 %;
  • Segmento Comercial: -7,2 %;
  • Segmento Residencial: – 1,9 %;
  • Segmento Veicular: -14,5% (ou – 5,7 % considerando o término da vigência da Medida Provisória Nº 1.163/2023 a partir de 01/07/2023 que retoma a cobrança do PIS/COFINS de 9,25%);
  • Segmento Geração Distribuída Industrial e Comercial: – 15,44 % em ambos os segmentos;
  • Média geral: – 13,6% (ou 12,3% considerando o término da vigência da MP 1.163/2023).

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