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Dois nomes especulados no novo governo de SC não vão assumir

A primeira especulação referente ao novo secretariado do governador eleito Jorginho Mello (PL) é do próprio filho do governador, Filipe Mello (PL).

Jorginho até fez consultas jurídicas para saber se seu filho poderia assumir uma secretaria e recebeu a resposta que não haveria problemas jurídicos nessa possibilidade.

Mas o governador eleito parece não querer arriscar e não vai nomeá-lo nesse primeiro momento. Não por conta do lado jurídico, mas muito mais pela repercussão negativa que o novo governo não precisa logo no seu início.

Jorginho já tá tendo que segurar os ímpetos de alguns deputados do PL que querem emplacar seus indicados. Há também a eleição na Assembleia Legislativa e já se sabe que ninguém do Partido Liberal se candidatará a presidência, mas alguns deles querem estar na mesa.

Já na Secretaria de Segurança Pública do Estado, é certo que Jorginho Mello acabará com o comando colegiado entre as polícias e terá um secretário único para todo o mandato.

O nome mais especulado era o de Silvinei Vasques, diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, que se especula que ele tenha sido indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

De certeza mesmo é que Bolsonaro pediu para Jorginho usar o Coronel Armando no seu colegiado e ele acabou sendo nomeado para a Secretaria de Prevenção e Defesa Civil do Estado.

Mas sobre Silvinei Vasques, ele está praticamente descartado para a segurança pública de Santa Catarina muito pelos problemas que ele está tendo com o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Hoje Vasques é réu numa ação do Ministério Público Federal por uso indevido do cargo. A acusação é de desvio de finalidade, bem como de símbolos e imagem da instituição policial com o objetivo de favorecer a candidatura à reeleição do presidente Bolsonaro.

O diretor da PRF foi acusado de dificultar o deslocamento de eleitores no nordeste do Brasil e de também de apoiar os bloqueios nas BRs depois da confirmação da vitória de Lula nas eleições de 2022.

Jorginho já disse que quer um secretário que dê ênfase na gestão das polícias e que consiga integrar a segurança pública catarinense com as políticas nacionais, tendo uma atuação importante em Brasília para buscar recursos para o setor.

Com isso, Vasques teria uma grande resistência dentro do futuro governo nacional e poderia prejudicar o planejamento do governo de Jorginho Mello na área. O governador eleito já conversou com Marilisa Boehm, sai vice, e já sondou nomes ligados a Polícia Civil.

O novo secretário de Segurança Pública deve ser anunciado na próxima semana junto com outros nomes que também já deram o sim para o governador Jorginho.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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