Santa Catarina é o segundo Estado que mais produz truta no Brasil, ficando atrás apenas de Minas Gerais. A truta arco-íris foi introduzida no Brasil nos anos 50, mas foi chegou na Serra Catarinense na década de 1960, adaptando-se rapidamente nas às águas frias da região, mas foi apenas em 1985, que a produção ganhou força como alternativa de renda para o produtor rural com a criação do Programa Banco Interamericano de Desenvolvimento – Bid / Superintendência de Desenvolvimento da Pesca – Sudepe em convênio com a Prefeitura Municipal de Lages para o desenvolvimento da atividade. Lembrando que a Sudepe foi incorporada em reforma administrativa ao Ibama em 1989).
A produção de truta no estado começou modesta, mas só nos últimos sete anos cresceu 30%. Atualmente são 67 produtores e uma produção em torno 950 toneladas/ano, segundo dados da Associação Catarinense de Truticultores – Acatruta. Crescimento com base no empreendedorismo local, mas acelerado com a entrada no mercado de novos atores com foco no aproveitamento das valiosas “sobras” do processo produtivo e criação novos produtos. A truta catarinense in natura ou processada já está nas prateleiras dos maiores varejistas de Santa Catarina e do Brasil, mas promete alçar voos ainda mais altos e chegar aos Estados Unidos e Europa.
O potencial econômico da produção e industrialização do produto é promissor. A truta é um peixe que pode substituir com sucesso o salmão, com a vantagem de ter preços menores e mais competitivos, mas ainda precisa tornar-se mais conhecido para cair na graça dos brasileiros. E para chegar na mesa além de consolidar o processo produtivo e aumentar a escala de produção, o próximo passo dos produtores vai ser investir na truta salmonada, aproximando-se ainda mais do salmão, não apenas pela consistência, mas também pela cor.
