As eleições municipais de 2024 acabaram e a partir de agora as atenções se voltam para o pleito de 2026. Como num primeiro ato, o foco agora será a eleição para a presidência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, que acontece no início de 2025.
Mauro de Nadal e o MDB querem continuar com o cargo, mas mesmo assim depende de uma negociação com os parceiros de 2023 e também de uma conversa com o governador do Estado.
Com as 90 prefeituras conquistadas pelo PL catarinense neste ano, Jorginho Mello saiu mais forte da eleição e os holofotes estão em cima dele e do prefeito de Chapecó, João Rodrigues, que também ganhou com os pés nas costas na sua cidade e já se espera que ele seja o grande adversário de Jorginho em 2026.
Os dois ficaram de conversar em breve para ver qual caminho cada um deva seguir. Mas já há apostas de que eles devam seguir o mesmo caminho na próxima eleição estadual.
Pela lógica, ambos são bolsonaristas e amigos de Jair Bolsonaro (PL), ambos lutam contra o crescimento da esquerda no Estado e ambos têm pretensões políticas audaciosas para seus futuros.
Então, não teria lógica eles criarem um embate e darem chance para que o PT ou o Psol, por exemplo, volte a ter chance de figurar mais uma vez no segundo turno, ou de voltar a crescer em Santa Catarina com o apoio de Lula e da máquina do Governo Federal.
João Rodrigues já disse que é provável que ele deixe a Prefeitura de Chapecó no início de 2026 para concorrer a um cargo maior. Mas disse também que só vai concorrer ao Governo do Estado se tiver um projeto viável e com apelo popular.
HÁ ESPAÇO PARA TODOS
Diante disso, não estranhe ver no mesmo palanque em 2026 o governador Jorginho Mello lutando pela reeleição, o MDB de vice na chapa do governador, muito provavelmente com a indicação do deputado estadual Antídio Lunelli, e o prefeito João Rodrigues buscando uma vaga no Senado Federal pela mesma coligação.
Mesmo que se fale que a polarização PL e PSD se estenderá até a próxima eleição, é muito mais provável que a direita se una e crie um grande bloco para disputar contra uma esquerda, já enfraquecida em Santa Catarina, para matar a corrida eleitoral já no primeiro turno.
Se isso acontecer, não haverá derrotado na direita, pois até partidos como o PP, Novo e PSDB podem ser beneficiados nessa conjuntura, pois todos tem a mesma linha de pensamento de PL e PSD. resta saber como agirão as executivas nacionais, mas também não seria um impedimento porque elas acabam respeitando as decisões locais.
PT, Psol, PCdoB, Partido Verde, PSB, PDT e outros partidos de esquerda aqui no Estado que comecem a se espertar, pois o eleitor em 2024 fortaleceu ainda mais a direita e pode ratificar esse apoio também em 2026.
Talvez a esquerda catarinense precise ter um pouco mais de humildade e começar a escolher candidatos que realmente tenham o apoio popular, caso contrário levarão outra surra eleitoral como a que aconteceu nas eleições municipais deste ano.
