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Figueirense reage para evitar tragédia

Um grande desafio para Rafael Franzoni Foto: Patrick Floriani/FFC

O Figueirense precisava reagir. O torcedor alvinegro assistiu nas últimas semanas a uma sucessão de episódios preocupantes: a saída abrupta do comando executivo, a demissão da comissão técnica, a lanterna na Série C e a instabilidade fora de campo. A SAF, que há pouco mais de dois anos era a promessa de uma nova era, virou alvo de desconfiança. A água bateu no queixo e, finalmente, a direção agiu.

Água bateu no queixo

O novo gerente Daniel Kaminski Foto: Patrick Floriani/FFC

A situação não permitia mais espera. A saída de Eduardo Ambrogini, a queda de Wilson e a dissolução da comissão técnica tornaram evidente que o controle havia sido perdido. O caos institucional se refletiu na tabela: o time é lanterna da Série C e sequer venceu. A sensação era de um barco à deriva. Reagir era obrigação. E a reação, mesmo tardia, veio. Daniel Kaminski assumiu a gerência de futebol e está mais próximo de Pintado e toda a comissão técnica. Era o cargo do Wilson.

Ordem na casa

Muita conversa          Foto: Divulgação

A escolha de Pintado como treinador traz um mínimo de estabilidade. O técnico tem experiência, sabe trabalhar sob pressão e já pegou grupos em situações limite. O problema, no entanto, vai além das quatro linhas. A preparação para enfrentar o Ituano teve muita conversa, mais do que treino com bola. O Figueira, neste momento, precisa mais de alma do que de esquema.

Franzoni, o CEO da salvação?

A nomeação de Rafael Franzoni como novo diretor executivo da SAF tem peso simbólico. É um manezinho, conhecedor da cultura alvinegra, conselheiro licenciado do clube e profissional com qualificação sólida. O momento, no entanto, é extremamente delicado. Franzoni assume uma SAF questionada, em meio a um processo de recuperação judicial, e com um time afundado na lanterna. É um desafio para líderes corajosos e o novo CEO precisará mostrar resultados rápidos.

Manifesto 

O manifesto publicado pela SAF é um aceno ao torcedor. Relembra a história do clube, destaca a luta nos bastidores e pede união em um dos momentos mais difíceis da centenária história alvinegra. O tom é de reconstrução, mas também de justificativa. A transparência é bem-vinda, mas ela precisa vir acompanhada de ações concretas. O torcedor já foi paciente demais. Agora, quer e precisa ver reação dentro de campo.

Alta pressão

Treino para ajustar Foto: Patrick Floriani/FFC

O jogo de domingo, às 19h, no Orlando Scarpelli, será um teste de fogo. O Ituano vem forte na competição, brigando na parte de cima da tabela e é candidato ao acesso. A exigência será máxima. E qualquer resultado que não seja a vitória aumenta o risco de uma tragédia esportiva. A queda para a Série D seria um golpe quase irrecuperável.

Chapecoense sobe

Italo chuta para o gol da vitória    Foto: Rafael Bressan/ACF

Venceu o Cuiabá por 2 a 1 na Arena Condá e entrou no G-4 da Série B. Passou o Avaí, seu adversário direto no próximo sábado (24), e mostra força sob o comando de Gilmar Dal Pozzo. O time está bem postado, competitivo e parece ter reencontrado a identidade que o levou à elite há poucos anos. O confronto contra o Avaí promete ser um dos grandes jogos da próxima rodada.

Avaí tropeça

O empate contra a Ferroviária, longe de ser um simples resultado fora de casa, representou um tropeço considerável para o Avaí. A equipe deixou escapar pontos preciosos que a tiraram do G-4 da Série B, justamente num momento em que cada rodada pesa mais na corrida pelo acesso. A atuação foi marcada por certa apatia ofensiva, permitindo espaços para um adversário que, em tese, deveria ser dominado.

Oscilação 

Esse resultado expôs novamente a irregularidade do Avaí na competição. O time alterna boas apresentações com quedas bruscas de rendimento, o que compromete a consistência necessária para se manter entre os quatro primeiros. A falta de intensidade e a dificuldade na construção de jogadas no terço final do campo têm sido entraves persistentes.

Se o Avaí quiser retomar seu lugar no G-4, precisará mais do que técnica: será preciso atitude. O time precisa entrar em campo com postura de quem quer o acesso e jogar com a energia que a ocasião exige. A Chapecoense tem mostrado força em confrontos diretos e não hesitará em se aproveitar de qualquer instabilidade emocional do Leão.

Brusque na “C”

O Brusque vem fazendo uma campanha sólida na Série C do Campeonato Brasileiro. Ao lado do Figueirense como um dos representantes de Santa Catarina na competição, o quadricolor atualmente ocupa uma posição dentro do G-8, zona de classificação para a próxima fase. Isso mostra uma consistência importante, especialmente em um torneio tão equilibrado.

Neste sábado, o desafio é fora de casa contra a Ponte Preta, no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas. A partida promete ser difícil, mas o Brusque entra em campo com confiança, buscando somar pontos e manter-se entre os primeiros colocados. Até aqui, o desempenho é superior ao do Figueirense, o que reforça a boa fase da equipe brusquense na competição.

Criciúma precisa reagir

Eduardo Baptista e a reação    Foto: Celso da Luz/CEC

O Criciúma vive momento delicado na Série B e encara um desafio crucial neste domingo, às 16h, contra o CRB, no Estádio Rei Pelé, em Maceió. Agora sob o comando de Eduardo Baptista, o Tigre está à beira da zona de rebaixamento e precisa urgentemente pontuar para não se complicar ainda mais na tabela.

A missão, no entanto, não será simples: o CRB vem forte, embalado e bem organizado sob o comando de Eduardo Barroca. Será um verdadeiro teste de fogo para o Criciúma, que precisa mostrar capacidade de reação e sinalizar um novo rumo na competição. Uma vitória pode mudar o clima e reacender a confiança para a sequência da temporada.

Barra lidera

A rodada da Série D reserva bons jogos para os times catarinenses, com destaque para o confronto regional deste sábado, às 16h, na Arena Joinville: Joinville x Barra. A partida promete equilíbrio e bom nível técnico — o Barra lidera o grupo, com o JEC logo atrás, em segundo. É confronto direto na briga pelo G4, que garante vaga na próxima fase, e deve levar bom público ao estádio.

Já no domingo, às 15h, o Marcílio Dias joga em casa, no Estádio Dr. Hercílio Luz, em Itajaí, diante do Azuriz-PR. O marinheiro tenta se recuperar e seguir firme na disputa por uma vaga entre os quatro primeiros. Os resultados deste fim de semana podem desenhar novos rumos para os representantes de Santa Catarina na competição. Olho vivo!

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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