Na última segunda-feira, 1º de abril, a Globo foi condenada em primeira instância a indenizar a jornalista Veruska Donato por impor uma “ditadura da magreza” que a deixou doente, com síndrome de burnout (estresse e esgotamento físico devido a trabalho desgastante), e poderá ter que pagar mais de R$ 8 milhões à repórter, entre indenizações e direitos trabalhistas. As informações são do Notícias da TV.
Esta é a primeira vez que o canal é punido por estabelecer um “padrão Globo de beleza”, interpretado pela Justiça como prática misógina.
Em janeiro do ano passado, Veruska entrou com uma ação trabalhista acusando a emissora de misoginia (ódio às mulheres) e etarismo (preconceito por idade).
A jornalista, que trabalhou na casa durante 21 anos, queixou-se que, ao se aproximar dos 50 anos de idade, passou a receber críticas da chefia da área de figurino “quanto a flacidez, ruga ou gordura fora do lugar”. Esse “ambiente misógino” a levou a “apresentar variação de humor com agressividade, isolamento, irritação, ansiedade e depressão”.
Procurada, a Comunicação da Globo afirmou que a emissora não comenta casos sub judice. A decisão ainda cabe recurso.