Uma empresa pública mais eficiente e que entregue energia de qualidade para todas as regiões, valorizando quem produz e atraindo novas empresas. Esses foram os compromissos assumidos pelo governador Jorginho Mello (PL) e pelo presidente da Celesc, Tarcísio Rosa, durante a apresentação da nova diretoria, que ocorreu na quinta-feira, 16, na sede da Companhia, no bairro Itacorubi, em Florianópolis.
No evento estavam a vice-governadora Marilisa Boehm, o secretário Cleverson Siewert, da Fazenda, diretores e de membros do Conselho de Administração, como Glaudo Corte, o atual presidente.
Durante a campanha de 2022, Jorginho Mello se comprometeu em manter a Celesc pública, tendo inclusive assinado um documento no sindicato dos funcionários garantindo que o controle ficaria com o Governo do Estado.
Mas alguns acionistas, como o empresário Lírio Parisotto, há muito tempo tem o interesse que o controle acionário da Celesc seja transferido para a iniciativa privada, tendo do seu lado o maior acionista privado da estatal, que é a Energias de Portugal (EDP), que trabalhou junto a ele pela indicação do presidente, o que acabou não acontecendo.
“Queremos uma Celesc pública e cada vez mais eficiente, que entregue resultados e que atenda bem o cidadão e quem produz. Queremos trazer mais empresas para Santa Catarina, mas para isso os empreendedores precisam de energia com ainda mais qualidade. Uma empresa no campo muitas vezes fatura mais que uma na cidade. Então, precisamos dar mais atenção ao interior e investir mais em redes de energia trifásica para que nosso estado continue crescendo e gerando emprego”, destacou o governador.
O presidente da Celesc, Tarcísio Rosa, também defendeu a empresa pública, mais forte e mais moderna. “Esta foi a missão dada pelo governo e precisa ser o compromisso de todos, da presidência, da diretoria, do conselho e também dos empregados”, ressaltou.
Tarcísio disse que um diagnóstico está sendo levantado para saber os pontos críticos na rede elétrica do estado e projetar os investimentos. Em seu discurso, o secretário Cleverson Siewert, que foi presidente da Celesc, ressaltou que o governador está focado no futuro do estado e projeta Santa Catarina para os próximos 20 anos com a Celesc pública.
Além do presidente Tarcísio, no último dia 9, o Conselho de Administração aprovou os nomes dos diretores Júlio Cesar Pungan (Diretoria de Finanças e Relações com Investidores), Cláudio Varella do Nascimento (Diretoria de Distribuição), Pedro Schmidt de Carvalho Junior (Diretoria de Regulação e Gestão de Energia) e Ivecio Pedro Felisbino Filho (Diretoria de Geração, Transmissão e Novos Negócios).
Como Jorginho Mello conseguiu a maioria no Conselho de Administração, dificilmente Parisotto e os demais acionistas vão tentar, pelo menos agora, transformar a Celesc em uma empresa privada.
Os interesses são enormes, pois cada vez mais a geração de energia, principalmente as renováveis, estão nos planos de grandes corporações, pois há muito a ser explorado em Santa Catarina, que é um estado que produz muito e tem milhares de ótimos clientes nesse ramo.
