A vitória de Jorginho Mello (PL) iria acontecer independente de quem fosse com ele para o segundo turno. Por falhas irreparáveis, o governador Carlos Moisés (Republicanos) ficou pelo caminho e Décio Lima (PT) recebeu a chance de ser o maior protagonista da esquerda em 2022.
Mas agora a vitória de Jorginho se confirmou e ele pode começar a estudar a pré-lista com alguns nomes que já estavam mapeados para assumirem algumas secretarias importantes, como a Casa Civil, a Fazenda, a Administração, a Educação e a Saúde, secretarias que são pilares do seu plano de governo.
Muito provavelmente o novo secretário da Casa Civil e da Fazenda sejam os primeiros a serem conhecidos, pois devem fazer parte da equipe de transição com o governo de Moisés. A lista de Jorginho se divide em secretarias técnicas, dos especialistas das pastas, e secretarias técnico-política. Essas são aquelas a serem negociadas com os futuros partidos aliados.
Na segurança pública, Jorginho Mello vai acabar com o rodízio entre as corporações e Santa Catarina voltará a ter um único secretário de Segurança Pública. Nessa pasta a vice-governadora eleita também terá voz e deve indicar alguns nomes, principalmente da Polícia Civil.
Como Jorginho quer assumir em janeiro já com maioria na Assembleia Legislativa, ele vai conversar com alguns deputados com mais influência, com quem já dividiu o plenário nos tempos de Alesc, para garantir o apoio de algumas bancadas.
Os principais prefeitos de Santa Catarina também estão no radar e podem influenciar em algumas indicações. Jorginho já mira a eleição de 2024, quando pretende eleger o maior número de aliados nessas cidades já visando a sua reeleição, em 2026.
O ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (UB), deve conversar com o governador eleito para levar o União Brasil para o governo e também indicar a sua esposa, Cintia Loureiro, para algum cargo na administração estadual.
Jorginho e Gean já trocam figurinhas desde o primeiro mandato do ex-prefeito na Capital e agora voltarão a negociar. O PSD, de Milton Hobus, João Rodrigues e principalmente Júlio Garcia, também devem fechar com o PL.
Por último, o MDB, que talvez seja na verdade a primeira conversa, pois com 6 deputados estaduais, não dá para desprezar a força da legenda, mesmo que esteja juntando os cacos depois dessas eleições. Mauro de Nadal e Antídio Lunelli querem a presidência da Alesc e Jorginho sabe que vai ter que dar para receber.
Já a lista com os nomes de Jorginho, essa já existe e caberá a ele escolhê-los, mesmo porque foi eleito com a chapa pura, é o comandante desse processo, e teoricamente não tem a obrigação, nesse primeiro momento, de dizer para ninguém o que pretende fazer.
