Como já tinha informado na coluna de quarta-feira, 22, o governador Jorginho Mello (PL) já estuda uma fórmula e define critérios para começar a repassar as verbas de obras já iniciadas que fazer parte do convênio do Plano 1000.
Outro assunto que está sendo discutido nos corredores do Centro Administrativo do Governo do Estado é um relatório sobre os 100 dias de governo de Jorginho Mello que vai ser apresentado em meados do mês de abril.
Nesse relatório constará o cronograma de repasses para as Prefeituras catarinenses, mas mostrará principalmente dados dos gastos do governo de Carlos Moisés da Silva (Republicanos), focando, segundo a administração de Jorginho Mello, em despesas exacerbadas feitas na reta final da administração anterior.
E é aí que o governador pretende virar o jogo, pois vai exigir desses prefeitos a mesma fidelidade que tiveram com Carlos Moisés da Silva.
Muitos prefeitos, que até faziam oposição ao ex-governador, acabaram mudando de lado única e exclusivamente pela promessa de verbas para seus municípios.
O governador deve lembrá-los que eles também ajudaram a colocar o Estado numa situação financeira difícil e agora precisam também dar a contrapartida não só da esfera administrativa, mas também politicamente.
O alvo principal de Jorginho são prefeitos e também os deputados estaduais do MDB, que hoje estão no seu governo, mas até 2022 foram os maiores defensores do governo passado.
Se essa pressão que Jorginho Mello deve fazer em cima dos prefeitos terá efeitos negativos, ninguém sabe, mas é fato que todos os atuais prefeitos de Santa Catarina dependem dessas obras para se reelegerem ou para elegerem seus sucessores.
Até o fim de 2024 o governador deve controlar bem esses políticos, mas o problema será depois, quando os partidos começarão a se organizarem de fato para a eleição estadual, onde um dos cargos da disputa será o de governador do Estado.
