Nesta segunda-feira, 20, na primeira reunião do ano com seu ministério na Granja do Torto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse aos ministros que a campanha eleitoral de 2026 já começou e que não quer entregar o país “de volta ao neonazismo”, fazendo uma referência à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Lula disse que “senão por nós, porque temos que trabalhar, capinar, temos que tirar todos os carrapichos, mas pelos adversários, a eleição do ano que vem já começou. Só ver o que vocês assistem na internet para ver que já estão em campanha. A antecipação de campanha para nós é trabalhar, trabalhar, trabalhar e entregar o que o povo precisa”.
O presidente fala também que “precisamos dizer em alto e bom som, queremos eleger governo para continuar processo democrático do país, não queremos entregar esse país de volta ao neofascismo, neonazismo, autoritarismo. Queremos entregar com muita educação”.
O encontro, que deve durar o dia todo, teve não só a participação dos ministros, mas também dos líderes do governo na Câmara Federal e no Senado.
Lula pediu a reunião para reforçar a cobrança e a pressa por entregas dos ministérios nesta segunda metade do governo. O presidente vai usar o encontro também para avaliar se fará ou não uma reforma administrativa no seu governo.
O problema que o Governo Federal teve no assunto do Pix acendeu o alerta, principalmente da comunicação, e pessoas próximas ao presidente entendem que é preciso criar um discurso unificado entre todos os aliados.
O Governo contratou recentemente Sidônio Palmeira para comandar a Secretaria de Comunicação e suas primeiras decisões já desagradaram a primeira-dama Janja, que não concorda com a demissão de algumas pessoas que faziam a sua comunicação.
Na avaliação de Sidônio, Lula teve um desgaste grande entre os autônomos e empreendedores, onde o Governo Federal já tinha dificuldade de conversar com essa fatia do mercado.
Membros do PT e integrantes do Governo entendem que muitos ministros propõem ou tomam decisões sem um alinhamento com o núcleo de governo, ou seja, com o que Lula quer.