A NSC anunciou ontem que a CBN Diário muda radicalmente a partir de abril, inclusive o nome: passa agora a ser CBN Floripa, abandonando o Diário. Este complemento remetia ao jornal impresso que deixou de existir e também a rádio histórica da capital no mesmo dial, a Diário da Manhã.
A CBN Floripa está mais para nome de FM do que para emissora de radiojornalismo, geral e esportivo. Ao que parece, uma decisão de gestão das rádios da NSC que é vinculada ao FM – sem que alguém da área executiva avaliasse bem – a mesma que detonou a programação em 2019, levando a perder audiência.
Quanto a nova programação (aqui), parece que anotaram os nomes de programas em papeizinhos, colocaram em um pote e sortearam como em torneios esportivos. No fundo, tudo é igual, em horários diferentes – programas de entrevistas – picotando a programação para vender mais patrocínios.
A novidade saudável é o retorno do Debate Diário às 13 horas e a criação do Conversas Cruzadas à tarde, lembrando o antigo sucesso da TVCom.
Quanto tempo vai durar essa nova grade? É a pergunta que fica, talvez deixem que ela se consolide por um bom tempo, já que um dos mandamentos do sucesso em rádio é o hábito.
Muda
Até há pouco tempo, o programa do meio-dia da NSC TV era o jornal da vacina. Agora é o jornal do hormônio da felicidade.
E aí, repórteres?
Investigar, aprofundar denúncia, cobrar, ouvir as partes é uma das obrigações da reportagem. No momento parece em desuso na capital.
Exemplo: houve uma denúncia de que alguém do governo do Estado usou o avião destinado à saúde para viagem pessoal à Bonito, no Mato Grosso, em janeiro. O governador Carlos Moisés fez pronunciamento explicando ouso da aeronave em viagens profissionais (quando no início do governo disse que só usaria avião de carreira), mas não explicou Bonito.
E por enquanto ficou nisso. Nenhum repórter foi atrás da informação de quem estava no avião, quanto custou e se vai devolver o dinheiro ao Estado.
Alguém aí pode interpretar o motivo desse silêncio?
Deu na Globonews