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Mudar para transformar

Irene faz questão de deixar a sua marca por onde passa. (Foto: Gladstone Campos)

Por Irene Hahn*

 

Assim como na vida pessoal, também nas atividades corporativas resistimos à mudança, desde adaptações no dia a dia até períodos de transição ou que levam a novo patamar. Aceitar o novo exige resiliência, comunicação que alinhe as pessoas, equilíbrio entre as necessidades individuais e os objetivos dos times, redefinição de papéis e de espaços e, acima de tudo,  capacidade de adaptação a novas circunstâncias. Sem esse espírito inovador, ficamos no mesmo lugar, pessoas e empresas, enquanto o restante avança.

Por força das circunstâncias, aprendi desde cedo a ter coragem para realizar e ir além dos limites. Meus pais – pessoas simples e de fé – me ensinaram a reforçar a renda familiar vendendo leite, ovos, lenha, quando eu ainda era criança, e isso deve ter impactado os seis filhos, a ponto de todos terem se tornado empreendedores. Ainda agora, já em idade avançada, meus pais nos deram outra lição ao concordarem em deixar a casa onde viveram cerca de 50 anos, incomodados com uma fábrica surgida na vizinhança. Os dois precisaram vencer temores iniciais, enfrentar novos arranjos, incluindo a revisão do espaço onde retomariam o plantio de árvores frutíferas e de roseiras. Cada um enfrentou sua própria jornada de desafios e nós, os filhos empreendedores, estamos todos agradecidos por mais esse aprendizado que nos proporcionaram.

Eu própria perdi a conta de quantas vezes mudei de casa e acredito ter influenciado meus filhos – ambos empreendedores – nesse desapego ao que não serve mais. Pois, se algo já não traz mais resultados como antes, o que me resta dizer? Dizer que não quero. Sugerir que alguém mude de casa. Que mude de atividade. Que mude a si mesmo e a própria empresa. Mas mude para melhor, entendendo o processo como algo que traz dor, mas depois passa, legando a transformação. E, quando passa, nos deixa mais conectados com o novo, com a transformação, com a capacidade de nos superarmos.

No meio corporativo, mudar ameaça a rotina estabelecida. Por isso, as empresas precisam estar sempre atentas aos sinais de alteração em volta e à necessidade de rever estratégias à medida que os cenários se alteram.  Transformação exige revisão de processos, de metas e prioridades, realocação de recursos, muita flexibilidade por parte das pessoas.

E, aí, chegamos à palavra-chave para resumir a importância de quem planta árvores e roseiras, do colaborador e suas atribuições na empresa: pessoas, todas alinhadas para garantir o sucesso da mudança, num ambiente inclusivo, que respeite individualidades e diferenças, em que se percebam valorizadas e acolhidas. Desde que passei a me sentir empreendedora, quando comecei a comercializar nossa produção caseira, nunca mais desisti da ideia de ser líder, de contribuir com o que eu posso, de fazer a diferença, de deixar minha marca por onde passo, de mostrar que sempre é possível melhorar ainda mais as entregas. E isso só se realiza com pessoas, desde que abertas à mudança, ao novo, ao fazer diferente, dispostas a ousar, na sua vida pessoal e nas empresas.

 

 

*Irene Hahn é empresária, empreendedora e consultora

 

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