A desastrada experiência da Globo colocando influenciadores em vez de repórteres na transmissão do carnaval da Sapucaí não deve evitar mais experiências semelhantes. Ela, e outras emissoras, com o SBT, acham que o futuro é esse, mais influenciadores e menos jornalistas.
Ou seja, menos hard news e mais firulas. Será o entretenimento ocupando mais espaço, por uma questão de faturamento: os programadores entendem que os influenciadores podem agregar mais receita, trazendo seus clientes das publis.
O exemplo do carnaval que passou não foi positivo em vários aspectos, inclusive receita, que foi a menor do que a Globo já obteve em outros carnavais. A audiência também baixou, segundo os blogs especializados.
Quem?
O autor da ideia dos influencers que atravessaram o samba não teria sido do boçal Boninho. Ao dizer que ele não estava “nem aí para as criticas”, ele estava livrando a barra do chefe dele, o verdadeiro autor, Amauri Soares .
A informação é do cronista especializado Daniel Castro.
Amauri foi diretor em São Paulo e depois em Nova York, antes de assumir plenos poderes no início do ano passado.
No comunicado de apresentaçao pelo diretor-presidente Paulo Marinho, foi dito que ele teria muito a “contribuir naprodução de entretenimento para todas as plataformas da Globo”
Tudo indica que Amauri, também ex-marido de Patrícia Poeta, jogou fora a primeira experiência confundindo entretenimento com informação.
Vice-versa
Em muitas situações recentes, estão exigindo que jornalistas virem influencers, ou seja, busquem a audiência dos clicks. Como qualidade do conteúdo não importa tanto, alguns estão se perdendo nas divagações do dia-a-dia, como se a vida pessoal deles interessasse aos outros.
Experiência
Somar experiência de um meio de comunicação a outro não é algo automático. O profissional tem que aprender atuar no novo formato.
Visual
Por enquanto discretamente se percebe que profissionais de vídeo estão usando harmonização facial e outros modismos de influencers.
Tainá Falcão, boa profissional da CNN, é exemplo. Tudo no rosto está moldado como uma influencer.
Bola fora
O canal TNT teve que vir a público pedir desculpas e deletar um posto em que transfigurou as feiçoes do jogador Endrick, afinando lábios e nariz e embraquecendo a pele.
Foi antes de um jogo do Palmeiras pelo campeonato paulista.
Disse a emissora: “A TNT Sports reconhece que a publicação compartilhada em suas redes sociais, com edição do rosto do atleta Endrick, foi infeliz e lamentável. A TNT Sports errou ao não considerar os aspectos raciais envolvidos na edição e, Ve, por este motivo, a publicação foi prontamente deletada”.
A ideia original da TNT era mostrar que a versão “modificada” do jogador se tratava do “Endrick perfeito.”
Lamentável, mesmo
Entrevero
Acho estranho que clubes de futebol mantenham “rádios” na internet para narrar suas partidas. É uma visão unilateral do futebol, como se não houvesse interesse no contraditorio.
Mas, já que existem, deveriam manter a atitude mais profissional possível.
Não foi o que aconteceu no “clássico”, quando os funcionário da rádio Avaí foram hostilizadas por alguns torcedores do Figueiren se – colocados estranhamente muito perto. E revidaram as agressões, jogando objetos nos torcedores e dizendo palavrões.
Vejam se não é tudo lamentável: