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O calor que afeta o bolso e a irresponsabilidade política que apoia o desmatamento

Foto: Julio Cavalheiro / Arquivo / Secom

Desafio Energético. A terceira onda de calor no Brasil que afeta diretamente as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, tem gerado um aumento significativo no consumo de energia elétrica das famílias. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o país atingiu um novo recorde de demanda de energia na última sexta-feira (15). Em paralelo, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de “grande perigo” para estados como Santa Catarina, onde as temperaturas podem exceder em até 5°C a média, aumentando ainda mais a necessidade de consumo energético para refrigeração. Essa conjuntura desafia o sistema elétrico nacional, exigindo a implementação de medidas de eficiência energética e conscientização sobre o uso responsável de recursos para garantir o fornecimento contínuo de eletricidade durante essas condições climáticas extremas.

 

Foto: Arquivo/Agência Brasil

Devastação Irresponsável. Em meio à crise provocada pela terceira onda de calor e aos desafios energéticos que enfrentamos, a aprovação do projeto de lei (PL) 364/2019 pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, sob a liderança da deputada catarinense Carol de Toni (PL), representa uma grave irresponsabilidade política. Esse projeto permite a devastação de 48 milhões de hectares de campos nativos, o equivalente às áreas somadas do Rio Grande do Sul e do Paraná. Se aprovado em definitivo, mais de 50% do Pantanal, 32% dos Pampas, 7% do Cerrado e 15 milhões de hectares na Amazônia estarão ameaçados. A diretora de políticas públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, classifica o PL 364 como uma séria ameaça aos biomas brasileiros, representando um atentado contra o clima, a água e a biodiversidade, além de colocar em risco o abastecimento de água de diversas regiões. Enquanto enfrentamos as consequências das mudanças climáticas e temperaturas extremas, é alarmante observar que para alguns políticos, questões ambientais são meramente ideológicas, enquanto para outros, apenas os interesses financeiros importam.

 

Redução Estratégica. A redução da taxa básica de juros (Selic) para 10,75% ao ano, anunciada na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em 20 de março de 2024, representa a sexta redução consecutiva e atinge o nível mais baixo desde março de 2022. O Banco Central indicou uma possível continuidade no ritmo de corte apenas na próxima reunião, prevista para maio, sugerindo uma possível diminuição do ritmo de redução na reunião de junho. As políticas econômicas do governo Lula continuam a influenciar o mercado, resultando em mais um corte na taxa Selic, porém, apesar dos cortes, o próprio mercado (ou parte dele) vê com maus olhos os resultados até aqui, fato que se reflete na redução da popularidade do próprio Presidente, enquanto a popularidade de Fernando Haddad, Ministro da Economia, subiu de 43% para 50% junto dos economistas do mercado financeiro. Vai entender! Um peso e duas medidas e um único resultado: a queda na taxa básica de juros.

 

Valorização do Brasil. O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, destacou nesta terça-feira (19) a importância de os brasileiros mudarem sua postura em relação ao país, incentivando a valorização e o reconhecimento das conquistas alcançadas. Mercadante ressaltou que, apesar dos desafios, o Brasil está com a inflação dentro da meta, a taxa de juros em queda, além de ter se destacado como uma nova economia global, com melhorias no rating e no risco soberano. Seu pronunciamento destaca a necessidade de uma visão positiva e de apoio ao país.

 

Foto: Presidente da FIESC participa da entrega da Agenda de Prioridades na Indústria em Brasília / Foto: Iano Andrade – CNI.

Prioridades Industrial. A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) participou da entrega da Agenda Legislativa da Indústria 2024 ao Congresso Nacional, documento elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em colaboração com as federações estaduais e do Distrito Federal. A agenda destaca propostas e prioridades para o setor, concentrando-se no crescimento sustentável e na neoindustrialização. Entre as medidas prioritárias, destaca-se a modernização do setor elétrico, a regulamentação do mercado de carbono e a depreciação acelerada de máquinas e equipamentos. O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, enfatizou a importância do documento, que reflete as expectativas do setor industrial, fundamental para a economia brasileira, representando quase 37% da arrecadação de tributos federais. Aguiar salientou que, em Santa Catarina, a indústria responde por 27,5% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual, destacando sua relevância para o desenvolvimento regional. A Agenda Legislativa é fruto do trabalho conjunto de 465 representantes de 125 entidades do setor industrial de todo o país, que analisaram mais de 8.500 proposições feitas ao Congresso no ano anterior. Essas propostas visam assegurar o crescimento sustentável da indústria, contribuindo para a geração de emprego, renda e tributos para o país.

 

 

Fim da Greve. A greve no serviço público municipal de Florianópolis foi encerrada nesta quarta-feira (20), após trabalhadores e trabalhadoras aceitarem o acordo negociado entre o Sintrasem e representantes da Prefeitura. Iniciada em 12 de março, a paralisação reivindicava chamar os concursados, novos concursos, cumprimento de planos de carreira e melhores condições de trabalho, além de se opor à proposta de reforma da previdência. Apesar da aprovação da reforma pela Câmara Municipal na última segunda-feira (18), os servidores conquistaram vitórias significativas, incluindo o chamar de até 600 concursados na educação e 75 na saúde, reajuste salarial sem parcelamento, aumento no ticket e ampliação dos auxiliares de sala nos anos iniciais, demonstrando que o diálogo é essencial para resolver conflitos trabalhistas. Criminalizar sindicatos e atacar servidores não são soluções.

 

 

Células Neonazistas. Uma comitiva de Direitos Humanos estará em Santa Catarina entre os dias 9 e 12 de abril para investigar o suposto aumento de células neonazistas no estado. A equipe da comitiva realizará entrevistas com possíveis vítimas, autoridades e especialistas, visando produzir um relatório detalhado sobre o assunto. A desproporção no número de células neonazistas, com Blumenau tendo 63 grupos enquanto São Paulo conta com 96, tem sido motivo de preocupação. Além disso, dados revelam um aumento alarmante de 158% no número de grupos neonazistas em Santa Catarina, destacando a urgência de medidas para combater a intolerância e a discriminação. A situação também gerou preocupação internacional, com veículos de imprensa como o jornal britânico The Times e o Financial Times destacando o tema, mencionando episódios catarinenses relacionados ao neonazismo. A visita da comitiva é uma oportunidade crucial para compreender a situação e garantir a proteção dos direitos humanos de todos os cidadãos.

 

 

Violência de Gênero. O mais recente levantamento do Mapa Nacional da Violência de Gênero, uma iniciativa conjunta entre o Observatório da Mulher Contra a Violência do Senado Federal, o Instituto Avon e a Gênero e Número, revelou dados alarmantes sobre a violência contra as mulheres no Brasil. Segundo a pesquisa, metade das mulheres brasileiras já experimentou algum tipo de violência doméstica ao longo de suas vidas. Surpreendentemente, apenas 30% dessas mulheres reconhecem plenamente a violência vivida como tal. O estudo, que ouviu mais de 20 mil brasileiras, destaca a importância de enfrentar esse problema e promover uma cultura de reconhecimento e denúncia da violência de gênero.

 

Foto: Mayara da Mata Moraes, conquistou o primeiro lugar no 1º Prêmio Catarinense Acadêmico de Economia / Crédito: divulgação.

Prêmio de Economia. A egressa do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Mayara da Mata Moraes, conquistou o primeiro lugar no 1º Prêmio Catarinense Acadêmico de Economia (PACE), organizado pelo Conselho Regional de Economia (Corecon-SC). Em sua monografia, intitulada “A abordagem do tema do emprego pelos diferentes paradigmas do pensamento econômico”, Mayara propôs um debate sobre a interpretação do tema do emprego por meio dos diferentes paradigmas econômicos. Os acadêmicos Gustavo Rosso de Souza (UNESC) e Thaynara Letícia Kuhn (FURB) ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente. Os trabalhos vencedores podem ser acessados em: https://www.corecon-sc.org.br/pub/blog/confira-o-resultado-do-pace

 

 

Mercado Imobiliário. São José sediará o Festival do Imóvel em setembro, com o apoio do Sinduscon Grande Florianópolis e da CAIXA. O evento, que acontecerá de 13 a 15 de setembro no Mundo Car Mais Shopping, promete trazer as últimas novidades do mercado imobiliário local, esperando receber cerca de quatro mil visitantes. A iniciativa visa impulsionar o setor e fortalecer a indústria da construção civil na região. Para o Marco Alberton, presidente do Sinduscon Grande Florianópolis, “além de ser uma oportunidade de gerar negócios”, o evento é uma ótima oportunidade para o fortalecimento da indústria.

 

Horizontes Internacionais. A construtora Plaenge, com sede no Sul do Brasil e operações em seis estados, incluindo Santa Catarina, anuncia seu primeiro empreendimento em Santiago do Chile, após 15 anos de presença no país andino. A Plaenge destaca a expectativa elevada para o lançamento, que contará com uma equipe internacional de excelência, incluindo profissionais do Brasil e do Chile, e parceiros no design de interiores, paisagismo e arquitetura. A empresa reforça sua posição como a maior construtora do Sul do Brasil e figura entre as dez maiores do país no segmento de empreendimentos imobiliários, segundo o jornal Valor Econômico.

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