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O MDB de Santa Catarina corre contra o tempo para as eleições de 2024

O deputado federal reeleito em 2022 Carlos Chiodini, de Jaraguá do Sul, assumiu oficialmente a presidência do MDB de Santa Catarina num mandato tampão, até maio de 2023, por conta da renúncia de Celso Maldaner que decidiu também não mais disputar eleições.

Na nova executiva, o deputado estadual Jerry Comper será o tesoureiro e o agora deputado federal eleito, Valdir Cobalchini, assume a secretaria geral. O comando provisório terá ainda a senadora Ivete Appel da Silveira, o deputado estadual Volnei Weber, a deputada estadual Ada Faraco de Luca e o deputado federal eleito Rafael Pezenti.

Na sua rede social, Chiodini escreveu que “assumo o MDB de Santa Catarina com a responsabilidade e o compromisso de unir ainda mais o nosso partido e fazer jus à grandeza que sempre nos diferenciou”.

Ele prometeu muito trabalho com planejamento e olhar atento aos desafios, sempre pautado no diálogo, no bom senso e na busca por equilíbrio. E o MDB catarinense realmente vai precisar de tudo isso, pois em 2022 o partido rachou e acabou a eleição com mortos e feridos.

O MDB catarinense conseguiu manter as três vagas na Câmara Federal, mas na Assembleia Legislativa perdeu três cadeiras para a próxima legislatura, passando de 9 para 6 deputados. O ponto positivo para o partido foi que, com a vitória de Jorginho Mello, a emedebista Ivete Appel da Silveira ganhou a vaga no Senado.

Em 2018 o MDB elegeu 96 prefeitos em Santa Catarina e, com a nova executiva, quer, pelo menos, manter esse número, mas precisa também ganhar uma grande prefeitura. Entre as vinte maiores do estado, o MDB tem as prefeituras de Itajaí, Jaraguá do Sul, Brusque, Camboriú e Gaspar.

O MDB NAS MAIS IMPORTANTES

Mas entre as mais importantes prefeituras, como Florianópolis, Joinville, Blumenau, Criciúma e Chapecó, há muito tempo o MDB não consegue sequer disputar. Então o trabalho deverá ter uma atenção especial nessas cidades para reativar os diretórios municipais nessas cidades para, a médio prazo, conseguir ser forte.

Em Blumenau, por exemplo, o MDB era o partido mais importante da cidade até 1996, data do término do governo do prefeito Renato Vianna. Em Florianópolis, o último eleito pelo MDB foi Dário Berger no ano de 2009, ficando na prefeitura até 2012.

Em Criciúma, onde o MDB sempre foi forte, 2009 foi o último ano do MDB a frente da prefeitura, quando terminou a gestão de Anderlei Antonelli que só assumiu porque Décio Góes (PT), que venceu a eleição, teve sua candidatura cassada e o emedebista foi diplomado prefeito.

Em Joinville, o MDB perdeu a sua força por conta do falecimento de Luiz Henrique da Silveira, mas teve o prefeito da cidade até o ano de 2018, quando terminou o segundo mandato de Udo Döhler.

Mas o maior jejum está em Chapecó, pois o último ano que esteve a frente daquela prefeitura foi em 1988, quando terminou a gestão do prefeito Ledônio Faustini Migliorini. Naquela época ainda não se tinha a reeleição e o MDB não conseguiu eleger o sucessor.

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