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O primeiro debate em Florianópolis seguiu a lógica e deu a linha de cada candidato em 2024

Em pouco mais de duas horas os candidatos Topázio Neto (PSD), Dário Berger (PSDB), Marquito (Psol), Pedrão Silvestre (PP), Vanderlei “Lela” Farias (PT) e Rogério Portanova se enfrentaram pela primeira vez num debate promovido pela CBN Florianópolis e NSC Total, do Grupo NSC.

Foram 4 blocos onde os candidatos falaram sobre atendimentos em postos de saúde, educação básica, mobilidade urbana, saneamento básico e transporte público, que são os 5 eixos do projeto “SC Ainda Melhor”.

O principal alvo do debate foi mesmo o prefeito Topázio Neto, como já era esperado, que mesmo com os ataques, não teve maiores problemas para debater com os opositores.

Talvez o momento mais quente tenha ocorrido no último bloco, quando Dário Berger disse para Topázio que “eu já sabia que o prefeito atual era um prefeito fake, é um prefeito virtual, é um prefeito tik tok, mas não sabia que era um prefeito mentiroso”. Em seguida Dário disse que Topázio está prefeito por ter sido eleito com Gean Loureiro e o chamou de desqualificado, mentiroso, descarado e despreparado para cuidar de Florianópolis.    

Mas a resposta mais importante dada pelo prefeito de Florianópolis no debate é que, se for reeleito, ficará os quatro anos na Prefeitura da Capital. Isso significa que em 2026, segundo ele, não disputará nenhum outro cargo e isso tem que ser guardado caso não cumpra a palavra.

O calcanhar de Aquiles da atual administração é sem dúvida a Operação Presságio, que prendeu secretários municipais por supostos esquemas de corrupção. Mas vimos que esse assunto foi tratado com muito cuidado por Dário Berger por ele ter do seu lado o ex-prefeito Gean Loureiro (UB), que sempre foi próximo de Ed Pereira.

De uma forma geral, foi um debate muito mais de apresentação dos candidatos sem que eles apresentassem todas as armas que ainda devem usar durante os próximos 50 dias de campanha.

 

O ELEITOR QUER A PRÁTICA

Num encontro tranquilo, os candidatos escolheram falar muita coisa que o eleitor gosta de ouvir, dando soluções para todos os problemas e se colocando como a melhor opção para Florianópolis. Com a exceção de Rogério Portanova, todos os demais já foram ou estão numa administração pública e terão que convencer o eleitor do porquê devem ser eleitos em 2024.

No início do debate, Lela e Marquito até trouxeram para a discussão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador Jorginho Mello (PL), tentando colar a imagem deles em Topázio, mas como isso poderia servir de trunfo para o prefeito, a estratégia acabou esquecida ao longo do encontro.

Pelo que se viu no debate, talvez o maior desafio do próximo prefeito de Florianópolis seja criar soluções não só para a Capital, mas para toda a região Metropolitana, tamanha é a ligação que a cidade tem com os demais municípios.

A partir de 2025, o prefeito terá que ser o grande comandante de um grande acordo entre todos os administradores para que as principais soluções, como no transporte público, sejam colocadas na mesa para uma discussão mais abrangente com soluções capazes de serem colocadas em prática.

 

 

 

 

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