Os novos prefeitos das maiores cidades de Santa Catarina estão apostando em tecnologias inovadoras para modernizar a gestão pública, com destaque para a digitalização de serviços, telemedicina e automação administrativa. Segundo levantamento da Betha Sistemas, 60% dos planos incluem avanços como alvarás digitais e sistemas eletrônicos de atendimento ao cidadão. Florianópolis propõe um sistema centralizado de governança digital, enquanto Brusque e Camboriú apostam na inteligência artificial para gestão orçamentária. Joinville, Blumenau e Palhoça lideram com iniciativas de integração de dados e automação, reforçando uma tendência alinhada às cidades inteligentes e à eficiência administrativa.
Educação. Um levantamento da Betha Sistemas apontou que os novos prefeitos das 14 maiores cidades de Santa Catarina colocaram a educação como prioridade máxima. Florianópolis planeja ampliar a oferta de escolas integrais para atender 20% dos alunos da rede, enquanto Blumenau projeta modernizar 70% das salas de aula com tecnologias digitais. Já Joinville busca zerar a fila por vagas em creches até o final de 2026, impactando diretamente mais de 3 mil crianças. A educação apareceu como prioridade em 100% dos planos analisados, demonstrando o compromisso das prefeituras em transformar o setor nos próximos anos.
Saúde Digital. A modernização da saúde pública está entre as principais propostas dos novos prefeitos das maiores cidades catarinenses. Florianópolis pretende instalar salas de telemedicina em todas as Unidades Básicas de Saúde, enquanto São José e Itajaí planejam implementar plataformas integradas para consultas remotas e diagnósticos digitais. Lages e Tubarão destacam-se com a meta de ampliar a cobertura médica em 30% através da construção de novos centros de saúde. Criciúma planeja criar uma farmácia central 24 horas, garantindo acesso contínuo a medicamentos. A saúde digital foi mencionada em 10 dos 14 municípios, refletindo a importância da tecnologia para melhorar os serviços oferecidos à população.
Tecnologia. A digitalização administrativa e o uso de tecnologias inovadoras marcaram presença em 60% dos planos de governo dos novos prefeitos das 14 maiores cidades de Santa Catarina, segundo levantamento da Betha Sistemas. Joinville, Blumenau e Palhoça lideram iniciativas para integrar dados e automatizar processos. Florianópolis propôs a criação de um sistema centralizado de governança digital, enquanto Brusque e Camboriú apostam em inteligência artificial para a gestão orçamentária. “A tecnologia é a base da transformação digital que os municípios precisam enfrentar nos próximos anos”, destacou Aldo Garcia, CEO da Betha Sistemas.
Mobilidade Urbana. Os novos prefeitos das maiores cidades de Santa Catarina destacaram a mobilidade urbana como uma das principais prioridades de seus mandatos. Florianópolis planeja reduzir em 30% o tempo médio de deslocamento até 2028, enquanto Joinville deve investir R$ 50 milhões em tecnologias de mobilidade, como semáforos inteligentes. Itajaí também aposta em soluções tecnológicas para melhorar o trânsito. Com 80% dos municípios incluindo a mobilidade urbana em seus planos, o tema reflete o esforço das prefeituras em oferecer soluções para um problema que afeta a qualidade de vida da população e o desenvolvimento das cidades.
O lado B das Cidades
Verão de riscos: surto de doenças e falta de saneamento. Quatro cidades catarinenses iniciam 2025 entre as cinco com o maior preço médio de venda de imóveis residenciais no Brasil, segundo o Índice FipeZap, da Fundação de Pesquisas Econômicas (Fipe). Balneário Camboriú lidera o ranking nacional desde abril de 2022, com um custo médio de R$ 13.911 por metro quadrado, seguida pela vizinha Itapema, que ocupa a segunda posição (R$ 13.721). Itajaí e Florianópolis também figuram no top 5. Apesar do destaque econômico, cidades como Balneário Camboriú, conhecida como a “Dubai brasileira”, e Florianópolis, com 35% das praias impróprias para banho segundo o IMA (Instituto do Meio Ambiente), enfrentam problemas críticos de saneamento básico. A construção civil, com seu poder financeiro, mantém forte influência sobre gestores públicos, enquanto os interesses da população parecem relegados ao esquecimento após as eleições.
Florianópolis enfrenta um cenário caótico de mobilidade, intensificado pelo verão e pelo aumento no fluxo de turistas. Enquanto a BR-101 no trecho norte sofre com congestionamentos crônicos, os acessos à Ilha, como a SC-401, SC-405 e SC-406, registram filas intermináveis que afetam moradores e visitantes. O reflexo da falta de investimentos estruturais em soluções de mobilidade para a capital catarinense. Seja em dias de sol ou chuva, no verão ou durante o ano, o trânsito de Florianópolis se tornou um teste diário de paciência para quem depende das vias saturadas da cidade. E aguardem as inaugurações que estão por vir ao longo dos próximos anos, permitidas por um Plano Diretor que olha para o futuro, mas ignora os estrangulamentos da infraestrutura no presente. O caos já está anunciado.
Agricultura catarinense
Em seu artigo “Todo apoio à agricultura”, José Zeferino Pedrozo, presidente da Faesc e do Senar/SC, destaca os desafios e a importância estratégica da agricultura catarinense em tempos de mudanças climáticas, conflitos internacionais e avanços tecnológicos. Ele enfatiza o papel crucial da qualificação técnica promovida pela Faesc e pelo Senar/SC, que prepara produtores rurais para enfrentar desafios e elevar a produtividade de forma sustentável. Além disso, reforça a necessidade de políticas públicas eficazes para garantir a segurança alimentar, o controle da inflação e a estabilidade econômica, mostrando que o sucesso da agricultura é essencial para o crescimento e o futuro do país.
Epagri alcança investimentos recordes de r$ 22,5 milhões em pesquisa agropecuária. A Epagri encerrou 2024 com um balanço histórico, registrando investimentos recordes de R$ 22,5 milhões em pesquisa agropecuária. Durante o ano, foram executados 384 projetos e desenvolvidas 21 tecnologias, incluindo sistemas de produção mais sustentáveis e novas variedades de pêssego, ameixa, cebola, feijão e hortaliças. Segundo o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação, Reney Dorow, essas inovações garantem alimentos mais saudáveis e acessíveis, ao mesmo tempo em que aumentam a resistência das plantas a pragas, doenças e mudanças climáticas. Além disso, a Epagri reforçou sua pesquisa com a contratação de 131 bolsistas por meio de editais da Fapesc, promovendo avanços tecnológicos e científicos em Santa Catarina.
Industria & Serviços
Santa Catarina gera mais de 149 mil empregos em 2024 com indústria e serviços em destaque. O Estado acumulou 149.155 novos empregos formais no período de janeiro a novembro de 2024, com destaque para os setores de serviços, que geraram 69,8 mil vagas, e a indústria, responsável por 55,4 mil novos postos, segundo dados do Novo Caged, compilados pelo Observatório FIESC. No segmento industrial, a construção civil liderou a geração de empregos com 11,9 mil vagas, seguida pelo setor têxtil, de confecção, couro e calçados, com 7,9 mil, e o ramo de alimentos e bebidas, com 5,5 mil. Santa Catarina foi o quarto estado com maior geração de empregos industriais no país, resultado atribuído à diversidade e internacionalização do parque fabril do estado. Apesar do saldo negativo na indústria em novembro, o comércio e os serviços impulsionaram as contratações, com 5,5 mil e 5,3 mil vagas criadas, respectivamente, refletindo a movimentação de final de ano.
Distribuição Cooperativa
Começando o ano com rendimentos no bolso. A Únilos, cooperativa financeira do Sistema Ailos que atua na Grande Florianópolis, iniciou 2025 com a distribuição de R$ 1,8 milhão em juros sobre capital para seus cooperados. O rendimento, calculado com base no IPCA, foi de 4,87% e corresponde à média do saldo de Cota Capital mantido pelos cooperados ao longo de 2024. O valor foi depositado no dia 3 de janeiro, fortalecendo o compromisso da cooperativa em compartilhar resultados diretamente com seus membros. “Uma das grandes vantagens de fazer parte da cooperativa é a participação direta dos cooperados nos resultados. Aqui o cooperado é efetivamente dono e vê o seu capital investido rendendo, fortalecendo tanto a instituição quanto o próprio associado”, destacou Delbora Machado, Diretora-Executiva da Únilos. Com 27 anos de atuação, 24 mil cooperados e R$ 313 milhões em ativos, a Únilos segue promovendo soluções financeiras completas e sustentáveis.
Aquisição
Grupo Pereira expande operações com aquisição da Rede Schmit. O Grupo Pereira concluiu a aquisição da rede de supermercados Schmit, composta por sete lojas e um Centro de Distribuição em Santa Catarina, marcando sua entrada nas cidades de Camboriú, Itapema e Bombinhas, além de fortalecer sua liderança em Itajaí. A transação, aprovada pelo CADE em 3 de janeiro de 2025, acrescentará 500 novos colaboradores ao sétimo maior grupo supermercadista do Brasil, que já conta com mais de 22 mil funcionários. Segundo Lucas Pereira Santiago, diretor comercial do Grupo Pereira, a expansão estratégica continuará com a abertura de 10 a 14 novas unidades em 2025, consolidando a presença no estado natal do grupo, responsável por mais da metade de seu faturamento.
Expectativas & Indicadores
As expectativas de mercado apresentadas pelo Relatório Focus do Banco Central para dezembro de 2024 indicam ajustes moderados nas projeções econômicas de curto e médio prazo, com destaque para inflação, taxa de juros, PIB e câmbio. No caso do IPCA, a inflação projetada para 2024 fechou o ano em uma mediana de 4,89%, praticamente estável em relação aos meses anteriores, enquanto para 2025 houve uma leve redução de 4,19% (em outubro) para 4,15% (em dezembro), refletindo otimismo sobre o controle inflacionário. Para 2026 e 2027, as projeções mostram maior incerteza, com medianas de 3,90% e 3,50%, respectivamente.
Na política monetária, a taxa Selic prevista para 2025 apresentou um ajuste significativo, com a mediana caindo de 10,25% (outubro) para 9,50% (dezembro), sinalizando uma expectativa de flexibilização mais rápida, impulsionada pela melhora nas projeções inflacionárias. Para 2026 e 2027, os números apontam uma trajetória de queda mais gradual, com a Selic projetada em 8,50% e 8,00%, respectivamente, embora com maior dispersão nas previsões.
O crescimento econômico também segue como foco de atenção. O PIB de 2024 teve sua projeção mantida em 2,20% ao longo dos últimos meses, sugerindo consenso sobre o desempenho econômico no curto prazo. Já para 2025, houve um ajuste leve, com a mediana passando de 2,20% (outubro) para 2,00% (dezembro), o que pode refletir cautela em relação às condições econômicas globais e internas no médio prazo.
No câmbio, as expectativas indicam estabilidade relativa. A mediana para 2025 passou de 5,00 (outubro) para 5,04 (dezembro), enquanto para 2026 houve uma redução de 5,20 para 5,10, sugerindo uma visão ligeiramente mais otimista sobre o fortalecimento do real frente ao dólar no médio prazo. No geral, o relatório aponta para um cenário de ajustes positivos nas expectativas de mercado, com um quadro de maior otimismo no controle da inflação e na redução das taxas de juros, mas ainda com incertezas significativas no horizonte de longo prazo.