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Os últimos dias que vão definir o próximo presidente da Assembleia Legislativa

Faltam apenas onze dias para que os deputados estaduais eleitos em 2022 tomem posse e, por consequência, decidam que será o próximo presidente da Assembleia Legislativa do Estado nos anos de 2023 e 2024.

Se a eleição fosse hoje, o deputado reeleito Mauro de Nadal (MDB) seria o escolhido com os votos de 26 parlamentares. Tudo por conta de ações atrapalhadas da bancada do Partido Liberal, que nessa legislatura será a maior com 11 deputados

Primeiro foi a postagem nas redes sociais do deputado Ivan Naatz dizendo que a chapa PP/PL já tinha 23 votos garantidos para disputar a presidência da Alesc, mas a meta era 27 para garantir a governabilidade. Obviamente que nada disso era verdade e causou um desconforto dentro dos demais partidos.

Logo após, depois de um almoço com o governador Jorginho Mello, o PL declarou abertamente seu apoio a Zé Milton e ainda colocou a deputada Ana Caroline Campagnolo como vice na Mesa diretora.

Isso provocou uma reação no MDB, que viu que o objetivo era isolá-lo, trazendo pro jogo a figura do deputado Júlio Garcia (PSD), que articula a união do MDB, PSD, União Brasil, PSDB, PTB, PT, PDT, PSOL, Podemos, Novo e o Republicanos em torno do nome de Mauro de Nadal.

A partir daí, a vaca do PL rumou ao brejo e colocou o governo de Jorginho Mello numa sinuca de bico, obrigando o governador a conversar com as lideranças emedebistas para não ver a possibilidade do seu governo ser minoria no parlamento.

Obviamente que, com a voracidade que lhe é peculiar, o MDB não pediu pouco e Jorginho Mello ficou de estudar os aspectos políticos de trazer o Massa Bruta para dentro da sua casa.

MAS A ALESC NÃO ENTRA

O martelo só não foi batido porque essa negociação não envolvia a presidência da Mesa diretora, pois a condição dos demais partidos para ficar com Nadal é a lealdade e ainda tem a figura de Júlio Garcia, que também quer o seu quinhão.

Nesse momento o governo de Jorginho Mello tá andando com apenas três rodas, pois tem algumas secretarias que ainda sequer tem seu titular, como a Segurança Pública, e isso, além de atrasar algumas definições de governo, causa um mal-estar entre os funcionários de carreira.

O PL já sinalizou com um candidato de consenso para a presidência da Assembleia, abrindo mão até de Zé Milton Scheffer, que praticamente se tornou carta fora do baralho, mas também deixa claro que também não quer Mauro de Nadal para não ficar nas mãos do MDB.

E no fim esse nome de consenso pode ser o de Júlio Garcia, que na gestão de Carlos Moisés da Silva já mostrou a força que tem, colocando o ex-governador muito próximo da porta de saída e depois o salvou, garantindo os votos necessários nos processos de impeachment.

É a política como ela é. Vamos aguardar os próximos capítulos para ver quem tem mais garrafa pra negociar. Vale lembrar que o MDB fez parte dos últimos cinco governos em Santa Catarina e Júlio Garcia, mesmo que indiretamente, esteve junto nessa caminhada.

 

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