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Para quem vai servir o Dia de Finados depois das eleições

Aqui em Santa Catarina o partido que mais ganhou, sem nenhuma dúvida, foi o PL do presidente Jair Bolsonaro. Com a popularidade dele, assim como aconteceu com o PSL em 2018, o partido fez barba, cabelo e bigode elegendo o senador, a maior bancada de deputados federais e estaduais e elegeu o governador também.

Mesmo perdendo o segundo turno aqui em Santa Catarina, a esquerda também sai fortalecida, principalmente o PT de Lula e Décio Lima. Eles tiraram o atual governador Carlos Moisés do segundo turno e elegeram uma boa quantidade de representantes na esfera federal e estadual. De quebra mais que dobrou a votação recebida por Décio Lima em 2018 (12,78%), quando nem para o segundo turno foi.

Provavelmente o maior derrotado, pela importância e força que supostamente tem no estado, foi o MDB que, desde o início do processo eleitoral, vem trilhando um caminho de autodestruição.

Suas lideranças entregaram o MDB em troca de possíveis facilidades para a eleição, o que acabou não dando certo, e racharam o partido achando que a militância iria esquecer e se unir novamente apenas porque tinha a vaga de vice na chapa de Moisés.

A militância deu a resposta votando nos renegados e fazendo campanha contra o governador, elegendo novos nomes e deixando de fora muita gente que esperava ter sucesso em 2022.

O PSDB é outro partido que fez tudo errado e colheu o que plantou. Elegeu dois deputados estaduais, muito pelo nome dos candidatos, e hoje é um partido dividido e sem muitos atrativos para buscar novas lideranças.

Podemos e Republicanos, que pareciam começar a criar asas por aqui, acabaram também se entregando a um projeto que só era bom para poucos e muito provavelmente se tornarão menos expressivos do que já eram antes dessa eleição.

O Partido Progressista, mesmo sendo o segundo maior partido de Santa Catarina, parece não enxergar a necessidade de mudança e segue pendurado nas barras da calça de Esperidião Amin para se manter forte no cenário político estadual.

O PSD e o União Brasil são ainda duas incógnitas, pois sequer conseguiram levar Gean Loureiro para próximo do segundo turno, perderam mais uma vez com Raimundo Colombo, e suas principais lideranças não fizeram a diferença na busca de votos em 2022 e algumas nem se reelegeram.

OS MENORES

O Novo, apesar de não depender de verba pública para a campanha, perdeu o direito do tempo de TV e vai precisar se unir a algum outro partido para voltar a ter combustível para continuar crescendo. Sozinho e já não sendo uma novidade, pode acabar desmobilizando o filiado, o seu único patrimônio.

Os demais devem continuar nos seus caminhos, lutando por um lugar ao sol, ou sumirem como já aconteceu com o PTB. Com a cláusula de barreira teremos, pelo menos, a possibilidade de ver a diminuição no número de partidos, que hoje é absurdamente alto, e poderemos dar uma peneirada nesse monte de candidatos que mais parecem estrelas cadentes.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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