No próximo dia 5 de agosto, último dia para a homologação das pré-candidaturas, o Partido Liberal vai confirmar o nome do senador Jorginho Mello como candidato ao governo de Santa Catarina.
O partido também vai chancelar o nome de Jorge Seif Junior, que foi uma exigência do presidente Jair Bolsonaro (PL), como candidato ao senado aqui no estado.
Com a falta de entendimento com os Progressistas de Esperidião Amin, o PL entendeu que não dá mais para esperar por uma definição e vai mesmo de chapa pura. É bem provável que uma mulher seja a vice de Jorginho Mello, mas dificilmente será Daniela Reinehr.
Entre idas e vindas, Jorginho e Esperidião Amin tentaram uma coligação já nesse primeiro turno das eleições, mas como nenhum dos dois quis desistir em favor do outro, Jorginho e Amin vão disputar o mesmo eleitor bolsonarista em 2022.
Jorginho Mello diz que essa é a sua chance de ser governador de Santa Catarina e Amin afirma que, se desistir em favor do candidato do PL, seus votos vão para Carlos Moisés e não para Jorginho o que seria um tiro no próprio pé.
O fato é que agora eles serão adversários, pelo menos no primeiro turno, porque Amin também já teve seu nome confirmado na convenção do PP e, mesmo sem o apoio de alguns prefeitos Progressistas, ele não tem mais como voltar atrás da sua candidatura.
Quem sai ganhando com essa decisão é o PTB de Kennedy Nunes, que será o senador da coligação com o PP. Gean Loureiro (UB) também fica de olho nessa situação porque vê chances de ultrapassar Amin e Jorginho Mello nessa corrida eleitoral.
Mesmo não tendo êxito em 2022, Amin e Jorginho ainda tem mais 4 anos no Senado Federal. Em 2026 Jorginho vai concorrer novamente a algum cargo, mas Amin já sinaliza uma possível aposentadoria das urnas.
Enfim, será uma eleição de muitos candidatos e mesmo disputando a mesma faixa de voto, Esperidião Amin e Jorginho Mello não podem e não devem ser descartados, pois em eleição tudo muda muito rápido e qualquer deslize impulsiona alguém que parecia fora do páreo.
