Quantos momentos, angústias, sofrimentos, incertezas, medo e um amontoado de sentimentos e sensações que para sempre serão lembrados. Era 19 de março do ano passado, quando a produtora e diretora Laine Milan conversava ao telefone com uma documentarista de Florianópolis sobre a pandemia.
A amiga falava de sua angústia, pois a filha tinha se mudado para cursar mestrado na Universidade de SP. Elas se veriam no fim daquele mês, de repente tudo mudou. Com a pandemia do Coronavírus e o lockdown, o plano foi por terra. Naquele exato momento, Laine teve a ideia de produzir “RELATOS DO INUSITADO”, documentário que revela as experiências vividas por seis brasileiros em cinco diferentes países: Brasil, Portugal, Espanha, Estados Unidos e Nova Zelândia. Filmado com telefones, tablets, câmeras pequenas e com cenas cedidas por amigos, ” RELATOS DO INUSITADO” foi produzido com recursos mínimos e, segundo a criadora e diretora, foi o que “a manteve sã” nos primeiros tempos do confinamento.
Além de colocar múltiplas lentes sobre o ser humano durante boa parte da pandemia, o trabalho é um convite à revisão de conceitos, pré-conceitos, julgamentos e sentimentos. Como cada um enfrentou esse episódio inédito dentro de quatro paredes? Repensamos a vida no planeta? Nos tornamos mais resilientes? Ou não? Laine Milan diz que o documentário não pretende responder a questões filosóficas, religiosas ou ideológicas. Mas estimular reflexões e contribuir para repensarmos nossa atuação, crenças e comprometimentos com a vida.
O documentário está disponível no Youtube e pode acessado aqui. Agora que a pandemia está mais controlada e nossas vidas sendo retomadas aos poucos, em novas dimensões, olhar para o passado tão próximo, através do olhar da diretora Laine Milan, é descobrir um pouco sobre como podemos conviver com as incertezas da vida.
LAINE MILAN – criadora e diretora de “RETRATOS DO INUSITADO”/ foto DIVULGAÇÃO
VIDA AO PAPEL
arte em origami do artista ÉDIO SILVA
Origami é arte de origem japonesa que se espalhou pelo mundo e que significa literalmente dobrar papel. Encantado com a arte milenar, o artista Édio Silva aprendeu de forma autodidata a confecção de animais e objetos em dobraduras de papel. Fez esboços, desenhos e assistiu vídeos para começar a produzir sapinho que pula, avião, anel, estrela de cinco pontas, até chegar nas sombrinhas. Gostou tanto que fez 250 modelos, em diferentes tamanhos e tipos de papel. Boa parte dessa produção vai estar na exposição “Proteção da Vida”, a partir de amanhã (dia 28 de outubro), no piso térreo do Beiramar Shopping, em Florianópolis, com visitação até o dia 2 de novembro.
Os trabalhos de Édio são feitos em colagens, para colorir qualquer lugar da casa e sempre obedecendo as rígidas regras da arte milenar em dobradura. Parte da renda será revertida ao Asilo Irmão Joaquim, instituição centenária que abriga cerca de 40 idosos na avenida Mauro Ramos, no Centro da Capital. Além de ser uma ideia original de decoração ou presente, colabora com a manutenção do lar dos velhinhos.
obras em origami de ÉDIO SILVA/ fotos DIVULGAÇÃO
ORGULHO ALÉM DA TELA
personagens e o roteirista LALO HOMRICH/fotos – GLOBO/ DIVULGAÇÃO
Um universo cheio de histórias, diversidade, preconceitos e muita luta pelos direitos. Através da dramaturgia, com desfechos inesperados, polêmicos e cheios de emoção, a série “Além das Telas”, faz um resgate dos personagens que são marco na televisão brasileira através das novelas da Globo. A série documental é resultado de parte do trabalho de doutorado do jornalista e escritor catarinense Lalo Homrich, que se dedicou a pesquisar os personagens que fizeram história nas novelas nos últimos 70 anos e que estão em seu livro “Transexuais em Telenovelas”. As novelas fazem parte do dia a dia e da história dos brasileiros e como reflexo da vida real, tiveram papel fundamental ao propor debates e discussões ao longo dos anos sobre as questões LGBTQIA +, direcionando o presente e o futuro para a inclusão, respeito e representatividade.
A série está em exibição no Globoplay e acompanha a evolução da realidade na ficção e como as tramas impactaram em muitas histórias da vida real.
bastidores com atrizes da série ORGULHO ALÉM DA TELA/fotos DIVULGAÇÃO
DENTRO DO SET
Produtor conceituado, com participação em trabalhos premiados no Brasil e no Exterior, o carioca Ricardo Karam vai ensinar o que sabe no curso “Do Lado De Dentro – A Produção Audiovisual”, que começa no dia 04 de novembro pela PluralTec, uma nova plataforma de ensino à distância lançado pela Plural Filmes, que já realizou várias produções com foco em Santa Catarina.
Karam esteve por trás das câmeras de trabalhos como o icônico clipe para a música “They Don’t Care About Us” que Michael Jackson gravou em Salvador e no Rio de Janeiro e até hoje é um marco na cena pop do país. Ele também foi da equipe da produção “Anaconda”, com Jennifer Lopez.
Dos trabalhos mais recentes, também assinou a direção de produção de “Medida Provisória”, do ator e diretor Lázaro Ramos, que vem recebendo prêmios internacionais, e do longa “Eike – Tudo ou Nada”, sobre a vida do empresário Eike Batista. Para saber mais sobre o curso, as informações estão em www.plural.tec.br
RICARDO KARAM/ foto MARCIA PARAÍSO
JOVENS PELO CLIMA
foto DIVULGAÇÃO
Um manifesto organizado por jovens brasileiros vai chamar a atenção para as questões climáticas na COP 26 (Conferência do Clima), que começa neste dia 01 de novembro, em Glasgow, na Escócia, reunindo líderes de todo mundo. Elaborado por 12 jovens de 15 a 24 anos, de oito estados brasileiros, o “Manifesto Jovens pela Educação Climática”, quer mobilizar a juventude para as questões ambientais e os impactos do clima no mundo. Um dos pontos centrais do documento é a inclusão da educação climática no currículo das escolas de todo o país. De acordo com o manifesto, os jovens acreditam que esta é a forma mais eficaz de transformar alunos em agentes de mudança para combater um dos maiores desafios da humanidade, a crise climática.
O objetivo é juntar 5 mil assinaturas e levar ao conhecimento da COP 26. A adesão ao manifesto dos jovens pode ser feita pelo link bit.ly/3mfABnZ.
EM AÇÃO
+ Na coluna da semana passada falei sobre a implantação da Escola Olodum Sul, em Florianópolis. A escola, através do Instituto Liberdade, acaba de participar da assinatura de um termo de cooperação entre o Olodum (BA) e a Escola do Teatro Bolshoi de Joinville. A parceria prevê a montagem de um espetáculo de balé clássico, com percussão e samba reggae. A apresentação está prevista para a semana do aniversário de Florianópolis, em março de 2022.
+ A Camerata Florianópolis prepara o segundo concerto presencial após a reabertura dos teatros de Santa Catarina. O espetáculo será de obras clássicas de Mozart, Tchaikovsky e Dvorak, com regência do maestro Jeferson Della Rocca e solos de Carla Domingues e Erico Schmidt. Será no dia 05 de novembro, no Teatro Ademir Rosa (CIC), respeitando os protocolos sanitários e o público com esquema de vacinação completo.
+ Na próxima semana começa um evento para quem gosta de moda streetwear e as novidades desse gigantesco mercado. O Drop Floripa será todo dedicado ao estilo moda de rua e vai reunir as grandes marcas do setor. O evento acontece no dia 06 de novembro e vai reunir ainda música, dança e gastronomia, a partir do meio dia, no Pátio Milano, no Centro de Floripa.
A coluna se despede deixando uma homenagem ao escritor Gilberto Braga, dono de um humor fino e crítico único, sempre presente nos núcleos “chiques” de suas novelas.
Até a próxima semana.
