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Sugerir Carlos Bolsonaro como candidato a senador em SC foi um tiro no pé

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quer ver todos os seus familiares mais próximos no Senado Federal a partir de janeiro de 2027.

Ele pretende colocar Michelle Bolsonaro (PL) como candidata a senadora pelo Distrito Federal e Eduardo Bolsonaro (PL) como candidato a senador por São Paulo. Flávio Bolsonaro já é senador pelo Rio de Janeiro, mas poderia ser colocado como candidato a presidente pelo PL em 2026, abrindo a vaga do Senado para o irmão Carlos Bolsonaro.

Mas a ala bolsonarista do Partido Liberal catarinense divulgou, com a permissão do ex-presidente, que Carlos Bolsonaro poderia concorrer ao Senado por Santa Catarina. Essa divulgação surge porque o governador Jorginho Mello (PL) já se definiu pelo nome de Carol de Toni e quer dar a segunda vaga para algum aliado da sua reeleição.

A ala bolsonarista do partido entende que esta segunda vaga deva ser dada para a deputada federal Júlia Zanatta (PL), que teoricamente é mais próxima a Jair Bolsonaro.   

O descontentamento com o nome de Carlos Bolsonaro foi instantâneo dentro do PL de Santa Catarina e acabou chegando também no eleitorado catarinense, que entende que o Estado já tem bons nomes locais para ser colocado na disputa.

A divulgação do nome de Carlos pareceu que o ex-presidente estaria mais preocupado em colocar seus filhos em Brasília, desprezando as necessidades de Santa Catarina que lhe deu, proporcionalmente, a votação mais expressiva das duas últimas eleições presidenciais.

O catarinense também não esquece o descaso que Jair Bolsonaro com a BR 470, que há mais de 20 anos está em obras e poderia ter sido terminada no governo passado.

Ainda pelo PSL na eleição de 2018, Carol de Toni foi eleita deputada federal com 109.363 votos. Já em 2022 pelo PL, ela foi reeleita com 227.632 votos, não só duplicando a sua votação, mas também sendo a deputada federal mais votada de Santa Catarina.

O ex-presidente Bolsonaro quer de qualquer maneira ter o controle do Senado Federal na próxima legislatura para poder lutar contra o Supremo Tribunal Federal e, principalmente, contra o ministro Alexandre de Moraes.

Só que esse seu anseio pessoal não pode atropelar os nomes de Santa Catarina, que pode até ser um dos Estados mais direitistas e bolsonaristas do país, mas vão vai tolerar esse tipo de ação contra nomes que representam verdadeiramente os catarinenses no Distrito Federal. 

 

 

 

 

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