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TV Brasil estreia série documental inédita Vinde Vênus

Cinthia e Giovanni (Foto: Divulgação/Produtora Volant)

A série independente Vinde Vênus estreia na telinha da TV Brasil nesta quinta, 22, às 23h. Com dez episódios de 26 minutos, a produção documental inédita aborda a sexualidade, em seus aspectos mais abrangentes, como um direito fundamental de todo ser humano. O conteúdo foi desenvolvido por meio do edital do Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Audiovisual Brasileiro (Prodav) TVs Públicas.

O seriado retrata pessoas a quem esse direito é negado ou reprimido por fatores sociais, fisiológicos ou psicológicos. A atração exibida na programação da TV Brasil revela como esses indivíduos encontraram um caminho para o exercício de forma plena da sua própria sexualidade, com liberdade e igualdade.

A narrativa da obra é construída a partir dos emocionantes depoimentos dos personagens de cada edição. Vinde Vênus explica como a sexualidade engloba a personalidade e o lugar no mundo das pessoas, incluindo perspectivas de afeto, autoestima, intimidade, amor e prazer. O programa apresenta uma dimensão essencial na vida humana que está presente em tudo o que as pessoas são, sentem e fazem.

Entre os temas tratados pela série estão em pauta no debate da sociedade contemporânea no país e no mundo. O conteúdo propõe reflexão sobre abuso, maternidade, maternidade solo, transexualidade, deficiência física, envelhecimento, síndrome de Down, gordofobia, mastectomia, machismo e preconceito.

Com horário alternativo na grade da TV Brasil na madrugada de quinta para sexta-feira, às 3h, a atração Vinde Vênus foi realizada pela produtora paranaense Volant. O seriado tem direção de Alessandro Yamada, concepção e roteiros de Mario Lopes, além da produção executiva de Simone Ogassawara.

 

Questões discutidas nos episódios

A edição de estreia da série Vinde Vênus acompanha a jovem Rosa Morais, moça que sempre sentiu dificuldade em encontrar prazer em seus relacionamentos. O primeiro programa mostra como repensar o que aconteceu na infância foi a chave para ela viver sua sexualidade de forma positiva e sem culpa. Essa descoberta tardia foi essencial para que Rosa compreendesse a maneira de lidar com seus afetos.

Nos episódios seguintes, o seriado destaca os desafios de outras pessoas nessa vivência intimida. A segunda produção da temporada mostra que a maternidade fez com que Távia Jucksch perdesse sua identidade como mulher. A busca em se reencontrar passou por caminhos únicos e inesperados.

Protagonista do terceiro documentário, Laysa Machado precisou se esconder por muitos anos para ser ela mesma. Já na quarta edição da série, Amanda Lyra se revela uma mulher independente que vive plenamente sua sexualidade, mas as pessoas só enxergam sua cadeira de rodas.

No quinto conteúdo, o personagem é Carlos Daitschmann, um homem que se aproxima dos 70 anos, mas continua a aprender. Na sexta semana, os protagonistas são Cinthia Michelini Wippel e Giovanni Calderaro. Eles namoram, consideram se casar e ter filhos. O fato de ambos terem síndrome de Down não deveria ser fonte de estranhamento.

A maternidade solo retirou todos os privilégios de Clotilde Munongo, membro de uma família real congolesa, convidada do programa número sete. Na edição seguinte, a entrevista com Déa Aguiar conduz a narrativa. Ela sente orgulho de quem é. Apesar disso, sendo uma pessoa gorda, a sociedade pede que ela se esconda.

No penúltimo episódio, Magnus se descobriu outra pessoa. Ao se transformar em Malu Lobo, foi bem acolhida por sua família e seus companheiros de trabalho. O seriado termina ao contar como a mastectomia fez com que Fernanda Marçal tivesse vergonha de seu corpo. Assumi-lo foi a forma de aceitá-lo e se orgulhar dele.

 

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