Há várias razões para estar escrevendo em 2 de janeiro de 2023, porém a mais significativa delas é que não fui um dos ganhadores dos 541 milhões da Mega da virada. Se fosse, estaria em Paris ou Nova York – havia essa dúvida – conforme o combinado com a família para definir como seria o rateio da bolada.
De certa maneira, até é um alívio ficar livre do compromisso de ser rico com sabedoria e felicidade. Talvez não conseguisse nenhuma coisa nem outra. Por isso, vou me concentrar naquelas coisas que me dão prazer hoje em dia, e que podem prosseguir no ano novo.
Uma delas, me divertir com o dia seguinte dos radicais bolsonaristas na imprensa, que até sexta-feira diziam sobre a posse de Lula “se ela de fato ocorrer”. Confesso que me divirto com o pessoal da Jovem Pan News, naquele programa ao final da tarde, onde três comentaristas falam direto dos Estados Unidos, onde moram, de onde é mais fácil falar de quem mora no Brasil. E quero saber hoje o que vão dizer, já que a posse de fato ocorreu.
Também nem precisava ir tão longe para acompanhar o pensamento de novo ano dos bolsonaristas de ocasião, que ocupam espaços na TV local. Que pensamento vão desenvolver agora que a Democracia venceu mais este desafio de trocar de governo sem grandes incidentes.
Alguns, durante o ano passado, foram contra a vacina, apoiaram falsos remédios para cura da covid-19, como vermífugos e prevenção da malária. E foram para uma trincheira que não sabem como sair, a não ser que sejam realmente aquilo que pensamos deles, são legítimos “caras de pau”.
Não dá para simplesmente passar uma borracha naquilo de mau que andaram fazendo por aí. Como entender que alguma crítica que venham a fazer agora é algo construtivo dentro do Jornalismo, no direito que o público nos concede de avaliar e opinar.
Não será fácil a vida desses pilantras da informação. Deveriam estar a postos para avaliar com isenção o que os governos do país e do estado estarão fazendo por nós de hoje em diante.
