A história do futebol catarinense se repete: Chapecoense e Avaí se encaram mais uma vez em uma final. São duas camisas pesadas, clubes acostumados a decisões e torcidas apaixonadas que querem ver sua equipe no topo. De um lado, a Chape, com sete títulos estaduais, e do outro, o Avaí, que busca seu 19º troféu para se tornar o maior vencedor de Santa Catarina. A batalha começa neste sábado, às 16h30min, em Xanxerê, um palco inusitado para um confronto tão grandioso.

Equilíbrio ou vantagem?
O Avaí tem a vantagem de dois resultados iguais e decidirá em casa, mas isso não significa tranquilidade. A Chapecoense joga para derrubar a lógica, contando com a força de um elenco que mescla juventude e experiência. Além disso, no histórico recente, os confrontos entre os dois times têm sido extremamente equilibrados. Dentro de campo, ninguém se atreve a apontar um favorito, e a única certeza é de que o campeão precisará suar para erguer a taça.

Treinador em xeque

No tabuleiro da decisão, Enderson Moreira e Gilmar Dal Pozzo movem suas peças. A vantagem psicológica pode estar com Dal Pozzo, que nunca perdeu para o adversário desde que assumiu a Chape. No último encontro entre os dois, empate sem gols no próprio Estádio Josué Annoni. Mas final é final, e qualquer detalhe pode virar o jogo. Qual dos treinadores conseguirá a jogada perfeita para dar o xeque-mate?
Gramado no alvo

Vagner Love foi sincero: o gramado do Estádio Municipal Josué Annoni não tem condições de receber uma final estadual. O presidente do Avaí, Júlio Heerdt, já havia apontado esse problema. A Chapecoense, claro, rebateu. Mas a verdade é que um campo ruim não favorece ninguém – a bola não rola como deveria, a técnica perde espaço e o fator sorte pode ganhar protagonismo. Será que o estado do gramado terá impacto direto no resultado?
Primeira classe
Nada de desconforto para os jogadores do Avaí. O clube fretou um avião para levar toda a delegação, reforçando o clima de decisão e a importância do título para o Leão. A estratégia lembra 2021, quando o time também viajou de forma especial e voltou para Florianópolis com a taça. A torcida espera que o roteiro se repita.
Força total na Chape

A Chapecoense deve entrar em campo com o mesmo time que eliminou o Joinville. O trio ofensivo formado por Dentinho, Mário Sérgio e Marcinho é perigoso, e a solidez defensiva tem sido um dos trunfos da equipe. No banco, reforços como Getúlio, campeão pelo Avaí em 2021, podem fazer a diferença.
Dúvidas e incertezas
O Leão tem o retorno de Mário Sérgio, mas ainda não sabe exatamente quem entrará em campo no ataque. Enderson Moreira tem à disposição nomes como Cléber, Hygor e o experiente Vagner Love. A única certeza é que o Avaí precisará ser mais eficiente do que foi em jogos anteriores para sair de Xanxerê com um bom resultado.
Árbitro FIFA

Ramon Abatti Abel foi escolhido para apitar os dois jogos da final. Árbitro FIFA, ele tem experiência em partidas internacionais, incluindo finais olímpicas. No Catarinense, apitou cinco jogos e tem média de cinco cartões amarelos por partida. Será que sua atuação influenciará no resultado da decisão?
Cartão vermelho ao racismo

A Federação Catarinense de Futebol decidiu dar um recado forte contra o racismo durante a final. Gandulas, maqueiros e jornalistas estarão com coletes da campanha “Cartão Vermelho Contra o Racismo”. A ação reforça a importância do combate à discriminação no esporte.
O fantasma da Justiça
O Campeonato Catarinense pode não terminar mesmo após os dois jogos da final. O julgamento do Caso Barra acontece na quarta-feira e pode mudar toda a classificação. Se a decisão do Tribunal for desfavorável à Federação Catarinense de Futebol, o torneio pode entrar em um turbilhão de recursos e incertezas. Será que o título conquistado em campo será realmente definitivo?