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A ala bolsonarista do PL está desconfiada com o atual momento em Santa Catarina

O senador eleito Jorge Seif (PL) postou na sua rede social que está de olho no pessoal que se elegeu às custas do presidente Jair Bolsonaro, mas que agora se mostra afastado do movimento de direita.

O deputado estadual Sargento Lima (PL), na última sessão da Assembleia de 2022, na terça-feira, 20, também demonstrou irritação com os políticos que supostamente estão dando as costas para Bolsonaro e disse que não abandonará o barco da ala bolsonarista.

Mas o que é mais estranho é que o governador eleito Jorginho Mello parece afastado desse grupo que tem nomes como Jorge Seif, Caroline de Toni, Daniel Freitas, Ana Caroline Campagnolo, Sargento Lima e Jessé Lopes.

Aliás, Ana Campagnolo e Jessé Lopes votaram contra o projeto de aumento de salário do governador, da vice-governadora e de secretários estaduais.

Jorginho Mello tem anunciado os seus futuros secretários a conta gotas, pois toda a decisão da escolha tem tido a palavra final dele. É um grupo com muita gente do governo de Raimundo Colombo quando era o governador.

A própria indicação de Ivan Naatz (PL) para coordenar as negociações dentro da Assembleia Legislativa para a formação de uma base e para a eleição da mesa diretora causou um descontentamento na bancada do PL na Alesc.

A postagem de Naatz no Twitter, onde ele disse já ter 23 votos em favor de Zé Milton Scheffer na eleição da mesa, e mais tarde o anúncio oficial de que o PL tinha fechado apoio a candidatura do deputado do PP acabou dando efeito contrário.

Com isso, Júlio Garcia (PSD) começou uma movimentação em conjunto com Carlos Chiodini (MDB) e Gean Loureiro (UB) para fechar o grupo em favor da candidatura de Mauro de Nadal (MDB).

Enfim, são coisas que estão acontecendo dentro do PL que, neste momento, soam com muita estranheza, pois já parece haver uma divisão que pode ser prejudicial para o início do governo de Jorginho Mello e Marilisa Boehm.

É muito provável que o governo já comece sendo minoria na Assembleia, tendo o recusado MDB na presidência da casa e tendo também o deputado Júlio Garcia como um “mero espectador” do cenário que se inicia em 2023.

Mas como tudo são meras especulações, temos que esperar para, de fato, ver como será os primeiros dias do governo de Jorginho Mello e também como se ajeitarão as melancias do PL nessa carroça que já está pequena para tanta gente que foi eleita em 2022.

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