Depois de mais de quatro meses tentando emplacar uma candidatura própria, o MDB de Santa Catarina rachou e ficou mesmo na reeleição do governador Carlos Moisés (Republicanos).
Os deputados federais Celso Maldaner e Carlos Chiodini junto com o ex-prefeito Udo Döhler bancaram o nome de Antídio Lunelli, que inclusive renunciou a Prefeitura de Jaraguá do Sul.
Mas a coisa não andou e Antídio aceitou ser vice de Moisés, mas o governador desdenhou do ex-prefeito e o nome a assumir esse posto foi o do empresário Udo Döhler.
Depois da convenção teve a tentativa de Maldaner e Edinho Bez em tentar unir novamente Antídio e Udo, mas eles não se falaram mais depois da suposta traição, segundo Lunelli.
Mas Antídio assumiu a candidatura a deputado estadual e agora pode ajudar a eleger mais gente dentro do MDB catarinense. Muitos já falam que ele será o mais votado do MDB no estado, pois deve receber voto em todas as regiões.
Esses votos podem servir de reboque para outros nomes do MDB, mas a preocupação maior da atual bancada do MDB na Assembleia, que são os 9 deputados estaduais, é que alguém perca o posto na Alesc.
O medo é que a militância emedebista contrária a Moisés pode deixar de votar nos atuais deputados e descarregar voto tudo em cima de Antídio, o que faria que alguns ficassem de fora da próxima legislatura.
O que corre mais perigo é o deputado estadual Fernando Krelling, que também é do Norte de Santa Catarina, mesma região de Antídio Lunelli e que talvez seja a parte do estado que mais foi contrária a união do MDB com a reeleição do governador Moisés.
NOVO LÍDER
Valdir Cobalchini foi o deputado estadual que mais se emprenhou para que o MDB fosse com Carlos Moisés. Inclusive ele foi o escolhido do governador para ser o novo líder do bloco governista na Assembleia no lugar do deputado José Milton Scheffer (PP), que entregou o cargo.
Agora ele, ao lado de Udo Döhler, que será o candidato a vice, e Celso Maldaner, que será o candidato ao senado, formam a trinca forte do MDB que já começam a ocupar os espaços nesse fim de governo e já projetam, em caso de vitória, assumir a maioria das secretarias a partir de 2023.