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Avaí segue imparável com show do Muleke Garça, o lobo mau azurra

Avaí ganhou com golaço de Garcez (11) e segue 100% de Dal Pozzo Foto: Frederico Tadeu / AFC

O mais apaixonado torcedor azurra não imaginaria que de um dia para o outro o Avaí deixasse a zona de rebaixamento para figurar no G-4. Seria um passo de mágica. Bom, este mágico tem nome: Gilmar Dal Pozzo, 20 anos de carreira, que chegou humildemente e brilha em cena com 100% de aproveitamento em quatro jogos. O último movimento foi a vitória por 2 x 0 sobre o Goiás, debaixo de muita chuva na Ressacada. A pergunta é: técnico de futebol pode ser considerado mágico?

Magico?

O que mudou no Avaí de Barroca para o Avaí de Gilmar Dal Pozzo em 21 dias de trabalho? As vitórias voltaram, a sorte voltou, o trabalho é mais evidente, os jogadores mudaram de atitude, assumiram responsabilidades, peitaram a diretoria exigindo o pagamento de salários atrasados e deram o recado em campo. A mudança na maneira de encarar os jogos foi fundamental. Ao mostrar indignação com os resultados, o Avaí passou a vencer. Dal Pozzo resgatou jogadores que Barroca jogou fora. Mágico? Na teoria até pode ser, mas o trabalho esta aí.

Lobo Mau

Muleke Garça é o artilheiro azurra na Série B   Foto: Frederico Tadeu / AFC

Garcez é o artilheiro do Avaí na Série B com três gols de cabeça. Na sua frente estão Marcão Silva, do Goiás e Gustavo Coutinho, do Sport, com quatro gols. Depois vêm uma turma com três, entre eles o Garcez Maravilha, que o Pepeo, narrador da Jovem Pan, chama de Lobo Mau. Ele gostou do apelido, mas também gosta do Muleke Garça. O artilheiro perdeu a confiança no período de Barroca, mas ela voltou. Para um velocista, surpreende os gols de cabeça, que lembram Dadá Maravilha. Milton Neves escreveu que só três coisas param no ar: helicóptero, beija-flor e Dadá Maravilha.

Silêncio 

Os jogadores do Avaí seguem com a greve de entrevistas e treinos fechados. Depois do jogo contra o Goiás, ninguém falou. Apenas o técnico na coletiva. O presidente Júlio disse que pagou um salário. Mas dia 5 de junho vence outro. Continuarão dois meses atrasados. O Avaí está atrás de grana para pagar o que deve aos jogadores e colocar tudo em dia. Lucas Pedrozo, CEO do clube, disse na Jovem Pan, que vai buscar os recursos. Está em São Paulo e busca soluções. A água tá no queixo, precisa solução rápida. A pressão de fora diminuiu com os últimos resultados.

Sempre lembrado

Em 2016 levou equipe ao vice    Foto: Arquivo / AFC

O torcedor começa a fazer contas e lembra novamente de 2016, quando Claudinei chegou em agosto com o time na zona de rebaixamento e o levou ao vice-campeonato da Série B. Foram 12 vitórias em 17 jogos com aproveitamento de 78,43%. Dal Pozzo tem 100% em quatro jogos e o céu é o limite para este trabalho que está só começando.

Caiu a invencibilidade

Desempenho abaixo domingo Foto: Patrick Floriani / FFC

O Figueira tropeçou em casa diante da Ferroviária e pode se recuperar no feriado de Corpus Christi, quando enfrenta o Ypiranga, em Erechim, em jogo atrasado por conta das chuvas no RS. Perdeu a invencibilidade diante de uma equipe forte e este resultado não pode atrapalhar os planos de buscar a classificação, a primeira meta. Mas é um sinal claro de que algo precisa mudar, buscar a sintonia fina que não encontrou neste jogo. O Figueira não pode ficar dependente de Pato e Alisson pelas beiradas. É preciso algo mais para o giro pelo Sul do país.

Limitações 

Precisa de ajustes  Foto: Patrick Floriani / FFC

Como o cobertor é curto e as dificuldades para buscar alguém que decida os jogos, as opções do técnico João Burse, especialmente o camisa nove, ficam bastante limitadas. Com Bernabé fora, por questão contratual, sobram o titular Cristian Renato, que tem muitas limitações técnicas e Jefinho, outro que ainda precisa provar. Nicolas nem se fala. João Burse, com as dificuldades que tem, consegue tirar o máximo da equipe. Para chegar lá, o Figueira vai precisar melhorar depois do que vimos no domingo, especialmente o posicionamento de Camilo, com rendimento bem abaixo.

Voo da Águia

Gledson em defesa  com muita plasticidade    Foto: Rolf Júnior/SC

O goleirão Gledson fez isso na vitória sobre o Tubarão, o principal nome do Santa Catarina em sua estreia na Série B do Catarinense, que começou no fim de semana. Defesas incríveis e demonstrando que o avanço da idade não o impede de jogar em alto nível e com rendimento acima da média. Na principal deles, evitou o gol adversário, sozinho com o atacante, e ainda na sequência da jogada saiu o gol com Bruninho.

Abre o Z-4

Equipe segue sem vencer Foto: Roberto Corrêa / Vila Nova

Brusque é um ponto de atenção na disputa do Brasileiro da Série B com uma sequência incrível sem vitória e abrindo a zona de rebaixamento. Trocou de técnico com a chegada de Luizinho Vieira, melhorou, mas só empatou diante do Vila Nova, em Goiânia. Pouco para crescer na competição. O fato de jogar fora de casa sempre, pois o estádio Augusto Bauer ainda levará um bom tempo para ser reinaugurado, atrapalha muito o Brusque.

Tropeço

A Chapecoense mira o acesso, mas a equipe de Umberto Louzer tem tropeçado quando não pode. Perdeu pontos importante em casa e não consegue se impor fora. No fim de semana deixou escapar um grande resultado e foi derrotada de virada por 2 x 1 pelo Ceará em Fortaleza. Tem time para reagir, mas não pode ficar apenas no desejo do torcedor.

Série D

Concórdia é líder com a vitória por 1 x 0 sobre o Cascavel-PR, jogo disputado no Estádio Domingos Machado de Lima, em Concórdia. Os demais catarinenses estão na luta pela classificação: Barra 2 x 2 Hercílio Luz, em Itajaí, no confronto regional. Todos estão no Grupo A8 do Brasileiro.

 

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