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Grandes tretas da história do cinema e os destaques da semana

Quando a gente está em uma festa chata, fica sem assunto, e não pode ir embora, faz o quê para passar o tempo? Fofoca sobre os outros convidados! Mais uma semana fraca de lançamentos nas plataformas, então que tal aproveitar para fofocarmos um pouquinho?

Separei alguns ‘causos’ de brigas entre atores, atrizes, diretores e outros profissionais da indústria que entraram para os anais das tretas. Qual o cenário principal desses acontecimentos? Hollywood, claro.  Algumas figurinhas carimbadas se destacam não por uma ou duas, mas uma vida de rixas e confusões nos set de filmagem. Mas, que fique bem claro, é difícil saber se foram contadas da forma como realmente aconteceram. Bóra lá, fofocar dos nossos ídolos?

 

Marlon Brando X Todo mundo

Um dos maiores atores da história do cinema foi também um dos maiores causadores de confusão nos bastidores. Campeão das tretas, ele teve encrencas desde Frank Sinatra  a Wal Kilmer.

No fim da vida, ao gravar seu último filme, “A Cartada final”, Brando brigou com o diretor Frank Oz  e acabou sendo dirigido pelo companheiro de elenco, Robert DeNiro. O ator deu dor de cabeça para outros diretores, mas dizem que em “O Poderoso chefão”, dirigido por Francis F. Coppolla, Marlon foi impecável com ele e toda a equipe.

Marlon Brando se queixava também das atitudes de Charles Chaplin que o dirigiu em “A Condessa de Hong Kong” (1967), ao lado de Sophia Loren. Segundo o ator, o genial Chaplin era um diretor cruel e avarento.

 

Nick Nolte X Julia Roberts : repulsa e dublês

Não tão famoso quanto Brando, mas igualmente  criador de tensão nos bastidores, Nick Nolte tem um longo currículo de complicações. Além de problemas legais, como ter sido detido, aos 20 anos, por vender carteiras falsas e ser preso por dirigir sobre efeito de drogas em 2002, ele arrumou confusão com uma das estrelas mais famosas de Hollywood. Quando filmaram a comédia romântica “ Adoro problemas “(1994), Nolte e Julia Roberts se detestaram. Ela chegou a dizer depois que ele era uma pessoa ‘ repulsiva’ e ‘ machista’. Ele se defendeu dizendo que a culpa não foi apenas dele, pois Julia ‘não era uma boa pessoa’. Diante dessa ojeriza de um pelo outro, o jeito encontrado pelo diretor foi usar dublês em algumas cenas românticas.

 

Polanski X Faye Dunaway : xixi na cara e um Oscar

Roman Polanski dirigiu Faye Dunaway em um dos melhores trabalhos de ambos, “Chinatown” ( 1974). Mas, a relação entre diretor e intérprete foi das piores que já se teve notícias. Desde ela xingar Polanski por ter arrancado fios rebeldes do cabelo dela que atrapalhavam uma cena, até o que conta Peter Biskind  no  livro Como a geração sexo-drogas-e-rock’n’roll salvou Hollywood,história (relatada pelo diretor de fotografia de Chinatown, John A. Alonzo): um dia a atriz passou horas dentro de um carro esperando para rodar. Polanski ignorou todos os seus pedidos de intervalo para ir ao banheiro e, quando se aproximou do carro para dar instruções, ela abaixou o vidro e jogou um copo de plástico cheio de líquido no rosto dele. “Filha da puta, é xixi!”, gritou o diretor. “Isso mesmo, inútil”, respondeu a atriz. Fico imaginando como Jack Nicholson e o diretor John Huston [ que trabalhou como ator no filme] conviviam com aquilo tudo. Seja como for, o resultado final de “ Chinatown” é ótimo e rendeu à Faye uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz, com a produção  levando a  estatueta de Melhor Roteiro Original.

 

Sarah Jessica Parker X Kim Cattrall : tretas in the city

A telinha também tem sua coleção de brigas internas ! Aquela linda amizade entre quatro amigas na badalada série “ Sex and the city” não se repetia nos bastidores, ao menos entre a narradora  da história ,Sarah Jessica Parker e Kim Cattrall,  atriz que interpretava a personagem mais ousada da história, Samantha Jones. O que sabe é que tudo começou por Kim não se conformar que Sarah Jessica ganhasse um cachê muito mais alto que as demais, mas acontece que Sarah era também produtora da série. Quando elas voltaram para reviver a história há alguns anos, o personagem Samantha já não estava mais no grupo.

 

Stallone X Schwarzenegger : meu bíceps é maior que o seu

 

Os dois maiores astros de filmes de ação entre os anos 70 e 90 costumavam implicar um com o outro pela mídia. Ambos eram crias do fisioculturismo e , como contou Stallone, competiam até para ver quem era mais musculoso. O melhor dessa briga foi o jeito que Schwarzenegger encontrou de sacanear o rival. Ele mentiu que estava louco para fazer “Pare, senão mamãe atira”, um roteiro horroroso que jamais poderia dar certo, só para instigar Stallone a fazer. Arnold espalhou que  queria muito fazer o filme, mas a produção não estava aceitando o cachê que ele tinha pedido. Stallone correu e aceitou por menos. Foi um fracasso, claro!

Reza a lenda que Silvester Stallone teve encrencas também com Bruce Willis e Richard Gere. Então, parece que o difícil aí é mesmo o Sly.

Como tempo, os dois brutamontes tornaram-se grandes amigos. Nada como amadurecer…

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TROFÉU HORS CONCOURS DAS TRETAS

Davis X Crawford, of course!

Pensei em deixar essas duas coitadas em paz, porque sempre que o assunto é brigas nos bastidores elas são as primeiras a serem lembradas, mas não deu… Ainda por cima tem uma minissérie maravilhosa sobre o assunto na primeira temporada de “Feud”, com Susan Sarandon (Bette) e Jessica Lange (Joan) nos papéis das divas.

Então, vamos lá: uma das maiores tretas da história de Hollywood reuniu Joan Crawford e sua brilhante colega, Bette Davis. Tudo teria começado quando Bette se apaixonou por Franchot Tone, seu parceiro de elenco em “Perigosa” (1935) e Crawford se envolveu com ele durante as filmagens. Segundo Joan, não havia nada sério entre Bette e o ator, mas Bette jamais a perdoou  pelo “roubo frio e sem piedade”.

Reza a lenda que Davis acusou Joan de ter “ dormido com todos os astros da Metro Goldwyn Mayer, exceto com a cadela Lassie”. E que Joan, em troca, teria colocado pedras nos bolsos para que Bette tivesse mais dificuldades de arrastá-la na cena de “O que terá acontecido a Baby Jane” em que as duas contracenaram em 1962. É que Bette tinha problemas de coluna. Se isso foi  inteiramente verdade não se tem certeza, mas é fato que Joan Crawford subiu ao palco para receber o Oscar em nome da vencedora Anne Bancroft no mesmo ano em que Bette foi indicada ao prêmio. Queria pontuar a derrota da arquirival. Depois, talvez temendo a comparação entre a atuação dela com Bette, que era uma atriz extraordinária, Joan desistiu do próximo filme que fariam juntas, “Com a maldade na alma”.

Ainda não se usava a expressão fake news, mas circulava o boato que Davis andava afirmando que Crawford sentia atração sexual por ela (Joan teria confessado a um amigo íntimo: “Eu não me importaria em transar com ela, se me pegasse num dia bom”). Também não está confirmado se Davis realmente pronunciou a frase no dia da morte de Crawford: “Nunca se deve falar mal dos mortos, somente bem… Joan Crawford está morta. Bem.”

O que é real ou exagero nos relatos dessa briga histórica nunca saberemos, mas que elas sacudiram Hollywood com rumores  e muito talento , isso a gente confirma!

 

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Dicas da semana

Filme

Os rejeitados – direção: Alexander Payne – 2023 – Prime Vídeo

Eu já estava quase ‘ jogando a toalha’ quando o Prime disponibilizou o filme com o ator que quase tirou o Oscar do Cillian Murphy ( Oppenheimer), Paul Giamatti. Ele é Paul Hunham, um professor mal-humorado de uma importante escola, que se vê tendo que cuidar dos alunos que não têm onde passar os feriados do Natal. Assim como o resto do grupo, Paul também é um ‘rejeitado’, já que ninguém gosta dele na escola. São os anos 70 e o país lida com as mortes na Guerra do Vietnã. O filme foi indicado a vários Oscar, inclusive Melhor Roteiro ( sendo acusado de plágio depois) e deu a estatueta de Melhor Atriz Coadjuvante a Da’vine Joy Randolph. Giamatti está ótimo, como sempre, e só não levou o Oscar porque tinha Cillian, num filme arrasa-quarteirão, no seu caminho.

Esse é, sem dúvida, o melhor lançamento nas plataformas. (Veja o trailer)

 

Série

Boardwalk Empire- O império do Contrabando – 5 temporadas- Prime Vídeo

Vou fingir que é estreia porque muita gente não viu essa série lançada em 2010, ela é ótima e está disponível para assinantes. O elenco é muito bom, a começar por Steve Buscemi ( que todo mundo conhece dos filmes de Quentin Tarantino), no papel do protagonista, o terrível Nucky. Vários atores foram projetados por sua atuação na série. Há cenas violentas por causa do tema, claro, mas também muito drama, relações amorosas e conflitos familiares. A presença de Martin Scorsese na produção, sempre é garantia de qualidade.

Sinopse – Estados Unidos nos anos 1920: depois do fim da Primeira Guerra, parecia que só havia bons tempos pela frente, com a economia em alta, o avanço de novas tecnologias e a efervescência das operações ilegais que satisfaziam os desejos de todas as classes sociais, principalmente quando se tratava de contrabando de bebidas em tempos de Lei Seca. Nesse contexto, acompanhamos a trajetória de Enoch “Nucky” Thompson, o tesoureiro de Atlantic City e grande chefe do crime organizado. Parte político, parte gângster, Nucky se sente confortável nas duas posições e nada o impedirá de expandir o seu império – até que um de seus seguidores comete atos impensados para obter mais poder, o que pode colocar tudo a perder. (Veja o trailer da 1ª t)

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THE END

 

Fotos: Divulgação/Reprodução

 

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