A comédia mais vista na atual temporada do teatro brasileiro chega a Florianópolis neste final de semana, 16, 17 e 18 de maio (sexta a domingo), no Teatro Ademir Rosa (CIC). No elenco Antonio Fagundes, Christiane Torloni, Alexandra Martins e Thiago Fragoso, que depois de longa temporada em São Paulo, foram para Belo Horizonte e agora estão na turnê pelo Sul do Brasil.
Fagundes e Torloni trabalharam juntos pela primeira vez há 43 anos, na série “Amizade Colorida” (1981) e, em seguida, na novela “Louco Amor”, ambas da TV Globo. Depois, contracenaram na telona, no filme “Besame Mucho” (1987). Há exatos 30 anos, em 1994, formaram um dos casais mais antológicos da teledramaturgia brasileira: Dinah e Otávio, em “A Viagem”, que está de volta à programação da das tardes da TV Globo. . Os atores se encontraram pela última vez diante das câmeras em “Velho Chico” (2016), também da Globo.
Na comédia “Dois de Nós”, texto de Gustavo Pinheiro, dois casais de gerações diferentes, se encontram num quarto de hotel. Segredos e mentiras começam a ser revelados trazendo à tona um divertido turbilhão de sentimentos, com muita emoção e desafios, que mudarão a vida deles para sempre. “A peça propõe um jogo muito prazeroso e divertido para os atores e mais ainda para a plateia”, afirma Fagundes.
De forma poética e bem-humorada, são abordados assuntos comuns aos casais, como rotina, filhos, dinheiro, tempo, realização profissional, desejo sexual, frustrações e mágoas, tudo à luz das mudanças velozes de comportamento, características da atualidade. Da interação dos personagens, emergem as picuinhas da intimidade, as questões mal resolvidas, as implicâncias, mas também as cumplicidades. “Estar com o meu querido Antonio Fagundes em ‘Dois de Nós’ é uma celebração dos nossos 40+2! Uma provocação para uma VIAGEM ainda mais bonita. Dessa vez pelos palcos, nossa casa, compartilhando emoções com novos companheiros como Alexandra e Thiago e… mais um reencontro com meu delicioso e rigoroso diretor, amigo, irmão, José Possi. Evoé!”, celebra Christiane Torloni.
A montagem da peça “Dois de Nós” também renova a longa e bem-sucedida parceria profissional de Torloni com o diretor José Possi Neto, que já a conduziu em peças de sucesso como “O Lobo de Ray-Ban” (1988), “Salomé” (1997), “Joana D’Arc” (2000), “Mulher por um fio” (2005) e “Master Class” (2015-2019).
“DOIS DE NÓS é uma comédia que impõe e expõe ao espelho a história de dois casais contemporâneos e essencialmente brasileiros. Noves fora as rabugices e implicâncias que nos fazem morrer de rir, assistimos o desnudar de quatro personagens revelando suas dores e mazelas, suas vitórias e alegrias. Atravessam em uma hora e meia de espetáculo uma longa noite cumprindo o exercício fundamental do teatro que é enfrentar os deuses e mudar seu próprio destino”, afirma Possi Neto, um dos mais respeitados e premiados diretores do Brasil – vencedor, entre outros, de três Prêmios Mòliere; quatro Prêmios APCA e três Prêmios Mambembe –, e que trabalha pela primeira vez com Fagundes.
“A peça chega me oferecendo a alegria de trabalhar pela primeira vez com o grande Antônio Fagundes e voltar à sala de ensaios com minha parceira mais fiel, Christiane Torloni, somados ao privilégio de um primeiro encontro com os talentos de Alexandra Martins e Thiago Fragoso. Posso querer mais? Posso sim: divertir e encantar nosso público. Com esse time de frente eu tenho certeza que POSSO”, completa o diretor. Fabio Namatame, nos figurinos e no cenário, e Wagner Freire, no desenho de luz, completam a ficha técnica.
Todas informações sobre a peça e ingressos em diskingressos.com.br .
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Vinil Filmes comemora 20 anos e anuncia “Sangue de Groselha”

A Vinil Filmes, de Florianópolis, está comemorando 20 anos de existência e paixão pelo cinema, com um dos projetos mais audaciosos da sua história: o longa-metragem “Sangue de Groselha“. Com filmagens iniciadas em março, o filme não vai pedir desculpas por sua estética crua, comédia macabra e uma pitada de horror. A mistura é explosiva, uma colcha de retalhos de gêneros cinematográficos e referências fílmicas das mais variadas épocas, que jogam na cara do público o que o cinema realmente deveria ser, dizem os realizadores: irreverente e sem limites.
Com Sangue de Groselha, decidimos jogar as convenções de lado e fazer algo que realmente mexa com o público”, diz Loli Menezes, co-fundadora da Vinil Filmes. Marko Martinz, o outro lado dessa moeda, complementa: “Estou imensamente feliz por comemorar os 20 anos da Vinil Filmes realizando um sonho. “SDG” é um projeto de amadurecimento, de preparação, de escolhas pensadas, de profissionalismo e parcerias. Tenho ao meu lado uma equipe experiente e apaixonada por cinema, o elenco faz eu me achar um Wes Anderson, tantas são as estrelas e talentos num mesmo set. Um filme para quem gosta de se chocar, de se perder em uma trama que não tem medo de atravessar os limites do politicamente correto. É um grito de liberdade criativa e, mais do que isso, uma homenagem aos filmes marginais e aos monstros do cinema B”.
Não há espaço para regras ou limites nesse projeto. A Vinil Filmes, que sempre se manteve à margem da indústria, agora leva o cinema independente a um novo território, misturando comédia, horror e policial em um só caldeirão.
Com direção de Marko Martinz e Loli Menezes e distribuição da Paris Filmes, Sangue de Groselha tem previsão de lançamento para 2026. Para mais informações, siga a Vinil Filmes nas redes sociais https://www.instagram.com/vinilfilmesprod/ e https://www.instagram.com/sanguedegroselha/ .

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“Emergências do Contemporâneo”

A Coleção Collaço Paulo abre-se, mais uma vez, para produzir interrogações e surpresas. A partir de um conjunto de artefatos indígenas, mapas e 48 obras artísticas de diferentes períodos e materialidades, a sexta exposição oferecida pelo Instituto Collaço Paulo – Centro de Artes e Educação, desde o ano de sua criação em 2022, convida os visitantes a conhecer trabalhos icônicos e inéditos, representativos da história da arte internacional, brasileira e de Santa Catarina. “Sintomas do Agora”, o conceito curatorial de Francine Goudel, de modo transversal, estabelece atravessamentos e possibilita ampla reflexão sobre a arte, a história e o tempo.
O casal de colecionadores, Jeanine Godin Paulo e Marcelo Collaço Paulo, celebra o momento: “O que fizemos e o que está por vir. Próximos de completar três anos de existência, estamos felizes de poder oferecer arte para a população através de programas e exposições as mais diversas possíveis no âmbito da coleção. Nosso principal foco é a arte e educação, em que se inserem principalmente as crianças. Desde a abertura da instituição, mais de 7 mil crianças viram as exposições e realizaram atividades com os professores. Vamos agora para a sexta mostra, “Sintomas do Agora”, com uma seleção de obras, com temas que falam da realidade atual. Aguardamos a todos e convidamos a vir, ela é gratuita, resguardando sempre o princípio do instituto, que é arte para todos”.
Em associação de imagens e temas, as obras incorporadas ao longo dos anos pelos colecionadores são articuladas para estimular a sensibilização sobre as emergências da contemporaneidade. O novo recorte da curadora mistura culturas e territórios, o passado e o presente, associa linguagens, discorre sobre a existência humana nas tessituras do social, do ambiental, do econômico e do cultural. Sem nenhuma tese acadêmica ou científica, só sob o estatuto da atualidade, em uma voltagem específica, põe a pensar sobre as relações de poder e domínio, as urgências climáticas, a cidadania e o multiculturalismo.
A mostra, que abre nesta quinta-feira, dia 15, com entrada gratuita, fica aberta até 14 de novembro.

Obras da exposição “Emergências do Contemporâneo” (Foto: Acervo Instituto Paulo Collaço)
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“Campo de Forças : Corpo, Linha e Mancha”

O Instituto Internacional Juarez Machado, em Joinville (SC), estreia a exposição individual “Campo de Forças: Corpo, Linha e Mancha”, do artista visual e performer Smekatz. Ao todo, serão mais de 30 trabalhos expostos, em sua maioria óleo sobre tela, desde pinturas de grandes formatos até obras menores. A curadoria é de Deise Oliveira, educadora e pesquisadora com trajetória dedicada às artes visuais e museologia.
Este novo projeto expositivo nasceu de um longo diálogo – por vezes, um embate – com a pintura. “Campo de Forças: Corpo, Linha e Mancha”. Segundo Smekatz, o corpo não se apresenta como figura, mas como pulsação matérica, uma fisicalidade que oscila entre a emergência e a dissolução. A linha, por sua vez, atua como estrutura de contenção, um ritmo gráfico que tensiona a composição. Já a mancha, elemento primordial, opera como força autônoma, desafiando tanto a forma quanto o gesto que a originou.
Tendo trabalhado predominantemente em óleo sobre tela, em escalas que variam do íntimo ao expansivo, o artista explora a materialidade da tinta em seu tempo próprio: secagem lenta, camadas sobrepostas, correções e acidentes incorporados ao processo. Cada tela tornou-se uma arena onde gesto e matéria travam seu combate particular. “Às vezes, sou eu quem dita as regras; em outras, a tinta se insurge e impõe suas próprias leis, transformando erros em caminhos inesperados”, reflete.
A exposição abre no próximo sábado, 17 de maio, e prossegue até 2 de agosto.
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Autoria Marginal

O projeto Autoria Marginal iniciou sua jornada nacional com uma intervenção artística inédita em Laguna (SC). A ação contou com a produção de um mural que une arte, acessibilidade e educação em uma proposta simbólica de forte impacto social. A obra foi assinada por ODRUS, o primeiro grafiteiro surdo do Brasil, reconhecido nacionalmente por romper barreiras de comunicação por meio de sua arte visual potente. Criado em um ponto estratégico da cidade, o mural traz como tema central o incentivo à leitura como forma de resistência, autonomia e transformação social.
“Trazer o ODRUS para Laguna é afirmar que a arte urbana também é um espaço de escuta e diálogo, mesmo quando o som não é o canal principal. A obra convida quem passa a refletir sobre as formas de leitura do mundo, inclusive aquelas que ultrapassam as palavras”, destaca Preto Lauffer, produtor cultural, pedagogo social e um dos idealizadores do projeto.
A ação integra o projeto Autoria Marginal, que une literatura, formação e mobilização social para democratizar o acesso ao conhecimento sobre direitos autorais no Brasil, especialmente entre artistas e criadores de territórios periféricos. A iniciativa tem como pilar central o livro “Eles Deviam É Editar Livros Sobre os Segredos da Lei: um livro em provocação à música Primeiro de Abril, do MC Marechal”, escrito por Lauffer e pela advogada Isadora Bays, com coautoria da professora e pesquisadora Liz Beatriz Sass. A obra será distribuída gratuitamente em formato físico com a meta de alcançar 10 mil exemplares doados ao longo de 2025.
Mais informações em https://benfeitoria.com/projeto/autoriamarginal Vídeo oficial: https://youtu.be/7v3aaj_BQI4 @autoriamarginal: https://youtube.com/@autoriamarginal .
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Um dragão no Jardim

O trabalho ‘Dragão’ do artista Loro Lima, que começou a ser confeccionado em 2022, integra a exposição “Criadas Criaturas”, que abre nesta quinta-feira, dia 15 de maio, no Jardim da Fundação Cultural BADESC, em Florianópolis.
Com cerca de meia tonelada, a obra de seis metros de comprimento foi produzida com sucatas e objetos coletados pelo artista nas ruas e praias da região Sul da Ilha de SC e misturados com instalações e obras que integraram o acervo artístico do Loro. Além do emaranhado de vidros, tecidos, calotas, fios e detalhes que podem ser vistos durante a visita, o ‘Dragão’, chama a atenção por ter uma única pata.
Loro conta que foi depois de avistar a ‘pata’ no quintal de casa, no Rio Tavares, que começou a construir a escultura que se transformaria num bicho. “O tronco da árvore, que é base do trabalho, foi ganhando ainda mais sentido quando escavei um pouco na terra e pude ver que as raízes faziam dela uma garra, tal qual as dos dragões”, compartilha Loro.
A exposição, que abre às 15 horas desta quinta, “Criadas Criaturas”, ficará em exposição até 14 de agosto e a entrada é gratuita.
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Até a próxima semana.
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