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Jorginho Mello e Carlos Moisés praticamente não se falaram na solenidade de posse

Desde a chegada do ex-governador Carlos Moisés da Silva (Republicanos) na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em Florianópolis, para a cerimônia de posse do governador eleito, ficou nítido o afastamento dele com Jorginho Mello (PL).

Moisés tinha a esperança de falar na cerimônia, como aconteceu com Eduardo Pinho Moreira na sua posse em 2019, mas o protocolo da Alesc não previu isso e apenas Jorginho Mello teve direito a palavra.

Esse afastamento entre os dois já estava evidente quando Moisés encaminhou um pedido de conversa com Jorginho em dezembro de 2022, mas acabou sendo ignorado por ele e depois das eleições eles não se falaram mais.

Jorginho disse que as acusações que Moisés fez contra ele na campanha ficariam apenas na esfera judicial, mas na verdade o governador eleito não esqueceu isso e decidiu não querer ter nenhum tipo de aproximação com Carlos Moisés.

No seu pronunciamento, Topázio Neto (PSD), de Florianópolis, foi o único prefeito de Santa Catarina que teve o nome mencionado junto com outras lideranças políticas.

Outro ponto inusitado da posse foi o reencontro de Daniela Reinehr (PL) com o ex-governador Moisés. No plenário da Assembleia, eles ficaram frente a frente, mas não houve qualquer contato, nem mesmo visual, entre os dois.

O que resta agora para Jorginho Mello é negociar com os partidos os cargos ainda vagos para garantir dentro da Alesc uma governabilidade sadia e sem tropeços, como ocorreu com Moisés. Jorginho quer que o próximo presidente da Assembleia seja escolhido através de um consenso, mas hoje essa hipótese está muito difícil.

As cotas pessoais e técnicas de secretários de Estado acabaram e daqui para frente quem deve indicar os demais nomes serão os deputados estaduais e as lideranças partidárias que Jorginho for conversar. Muito provavelmente o deputado Júlio Garcia (PSD) e o MDB serão os primeiros a serem procurados

O governador do Estado disse que nos próximos dias pretende divulgar a atual situação financeira de Santa Catarina. Ele terá algumas missões muito difíceis já no início do seu governo, como arrumar uma solução para o Complexo Hospitalar de Florianópolis, ver o que fará com o Plano 1000 e criar espaço no orçamento do Estado para acabar com a fila na Saúde e colocar em pratica o programa Faculdade Gratuita.

Mas Jorginho Mello, que nunca perdeu uma eleição, sabe o que precisa ser feito e conhece os caminhos da política estadual para conseguir o que quer. Mas vai descobrir também que, diferente dos cargos no legislativo que assumiu, ser governador é lutar contra muitas frentes para conseguir tirar do papel o que pretende.

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