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Mitos e verdades sobre o consumo de azeite de oliva

Difícil conhecer alguém que não adore um bom azeite! Tanto é que não é apenas o consumo de azeite de oliva que cresce no Brasil, a produção desse tipo de óleo com alto valor agregado e muitos benefícios para a saúde também se expande. Pioneira no plantio e processamento do azeite de oliva extravirgem em SC, a Quinta do Vienzo, em Rancho Queimado, por exemplo, já comemora a sua quinta safra.

Lá, o casal de proprietários Patricia e Jester Macedo se especializou no assunto para garantir um produto de muita qualidade: ele é engenheiro agrônomo e ela sommelière de azeite. Nas visitas à Quinta, que acontecem mensalmente com direito a passeio entre as oliveiras e degustação (saiba mais abaixo), Patricia compartilha um pouco do seu conhecimento sobre o consumo mais adequado do azeite de oliva. Abaixo, Patricia elencou 5 mitos e verdades sobre o assunto. Os registros são do querido Paulinho Sefton.

1 – A acidez é o principal critério para avaliar a qualidade do produto

MITO

A acidez ficou estabelecida como o principal fator de qualidade do azeite. O que o que muitos não sabem, é que ele não deve ser um fator principal na escolha do azeite. Sim, a acidez é sinônimo de qualidade, mas o que ela nos mostra? Que o processo foi executado de maneira correta, que os frutos estavam saudáveis e o solo teve os cuidados adequados. Mas a acidez é um parâmetro químico, imperceptível ao paladar. O amargor e a picância que sentimos nos azeites são provenientes dos polifenóis. Você pode ter um azeite com baixa acidez, mas sem aroma e sabor.  A chance de você ter um azeite de qualidade, com mais aroma e mais sabor, é maior quando o azeite é fresco e por isso a data do envase é mais importante que a acidez.

2 – Diferente do vinho, que pode melhorar com o tempo, o azeite novo tem sempre mais qualidade

VERDADE

Por isso primeira dica e a mais importante é: procure sempre consumir azeites frescos, pois diferentemente do vinho, o azeite de oliva não é um produto de guarda, quanto mais novo e fresco, mais aroma e sabor ele terá, independente da variedade. Abriu? Melhor consumir logo! Três a quatro meses é o ideal, depois desse período, o produto vai oxidar mais rápido, perdendo aroma e sabor.

3 – O azeite quando aquecido faz mal à saúde.

MITO

O azeite, assim como qualquer outra gordura, não deve entrar em ponto de fumaça. Se chegar a esse ponto deve ser descartado. Já existem vários estudos mostrando que o azeite de oliva permanece sem se deteriorar em contato com o calor, e é uma das gorduras mais saudáveis, por ser monoinsaturada, para ser usada na cozinha, além de ser um óleo estável para frituras mais rápidas por conter alto índice de ácido oléico.

4 – A forma mais adequada de consumir o azeite de oliva é em saladas e massas.

MITO

A melhor maneira de consumir o Azeite é cru, ou seja, tomando ele puro ou usando em nossa alimentação de várias maneiras. Para temperar saladas, na finalização de pratos após cozidos. Não existe nenhuma restrição, desde churrasco, pizza, massa, risotos, peixe, sopa e até sobremesa. Sim, o azeite também pode ser utilizado em doces, sorvetes, bolos e frutas. Você vai se surpreender com o sabor! Lembrando que consumo diário do azeite de oliva não deve ultrapassar de 30ml.

5 – Escolha sempre azeites de oliva em embalagem escura.

VERDADE

A embalagem do produto também influencia na qualidade do azeite. Opte por marcas que tenham garrafas com vidro escuro, que protege o azeite da luminosidade. A luz pode levar o produto a um processo mais rápido de oxidação, consequentemente a perda de suas propriedades, aroma e sabor.

Quinta do Vienzo

Visitas mensais divulgadas em @quintadovienzo. A programação inclui visita ao olival, visita ao lagar com explicações sobre o processamento e degustação dos azeites com pães, queijos e frutas.

Valor: R$ 60 por pessoa.

Reservas: (48) 99911-4279.

Mais informações: @quintadovienzo e www.quintadovienzo.com.br

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E por falar em azeite bom…

A sommelier de azeites e azeitóloga premiada mundialmente, Ana Belotto, vai ministrar workshop gratuito na Grande Florianópolis. A profissional, que foi responsável pela produção de um dos 500 melhores blends de azeite do mundo, falará sobre o processo de produção e dicas de harmonização.

Ana é considerada uma das 100 mulheres mais poderosas do agronegócio, segundo a Forbes Brasil e, a convite do Bistek Supermercados, vai ministrar, uma série de workshops gratuitos esta semana. Amanhã, 27, ela estará no Bistek de Criciúma e na sexta, 28, na unidade de São José. (Inscrições: sac@bistek.com.br )

Durante as oficinas, será possível identificar os diferentes tipos de azeites, conhecer as possibilidades de harmonização, avaliar a qualidade do produto e ainda entender as características das diversas regiões produtoras do mundo.

” No Brasil a produção é de boa qualidade, mas ainda é pequena, a cultura está em processo crescente de construção”, diz.

Ana Belotto se especializou como sommelier de azeites na Espanha e participou de diversos cursos de análise sensorial na Itália e Tunísia. Como sommelier, já recebeu 18 prêmios nacionais e internacionais e é uma das representantes do movimento global Women in Olive Oil no Brasil. No último ano, lançou o seu livro “Azeite-se: Histórias, Relatos e Receitas – História do Azeite no Brasil”.

É como eu sempre digo: perfume, azeite e creme de leite… vale investir nos melhores!

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Crescente

E provando que a cultura do azeite de oliva está crescendo no Brasil, nesta quarta-feira Rinaldo Ferreira, da Dr Cuidado, top especialista em azeites, comanda a Degustação de Azeites, que acontece na LuvCoffe, em Itajaí. Sempre uma experiência sensitiva única.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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